Uma mãe de Florianópolis viveu momentos angustiantes ao buscar atendimento médico para sua filha, Yasmin Rafaela Ferreira, de 14 anos, na última sexta-feira (19). Rosemilde Fátima de Araújo, de 47 anos, relatou o desespero enfrentado pela família devido à demora no atendimento do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) na capital catarinense.
O drama começou quando Yasmin teve uma emergência ao estourar uma peça da sonda por onde se alimenta, necessária também para a administração de remédios para sua arritmia cardíaca, causada por uma doença rara. Apesar dos apelos desesperados de Rose ao SAMU, o atendimento foi negado, mesmo diante da gravidade da situação.
Com o passar das horas e a ausência de resposta do SAMU, a família não teve outra opção senão levar Yasmin ao hospital por conta própria, correndo o risco de agravar seu estado de saúde. Segundo relatos, a adolescente correu risco de vida por não receber o atendimento emergencial adequado e não ter tomado a medicação contra arritmia no horário correto.
A situação tornou-se ainda mais dramática devido à condição de saúde de Yasmin, diagnosticada com taquicardia ventricular polimórfica catecolaminérgica, uma condição cardíaca rara e potencialmente grave que afeta o ritmo cardíaco. Esta doença pode causar sintomas como palpitações, tonturas, desmaios e até mesmo morte súbita.
Rose também compartilhou um episódio anterior em que Yasmin teve três paradas cardíacas na escola, aguardando 30 minutos pelo atendimento do SAMU, o que resultou em um coma de 13 dias no Hospital Infantil Joana de Gusmão em dezembro de 2022.
Em resposta, a Secretaria do Estado da Saúde de Santa Catarina informou que o SAMU recebeu a solicitação de transporte de paciente, mas, ao chegar ao local, não encontrou a paciente. A situação levanta questionamentos sobre a eficiência e a rapidez do atendimento prestado pelo SAMU em casos de emergência na região.
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