Na manhã desta quarta-feira, 29, Ed Pereira, ex-secretário de Turismo, Cultura e Esporte de Florianópolis, foi preso durante mais uma fase da Operação Presságio. A ação, conduzida pela Polícia Civil de Santa Catarina, investiga um esquema de corrupção que envolve diversos funcionários públicos e empresários.
Ed Pereira foi mencionado em gravações encontradas no celular de Renê Raul Justino, ex-diretor de Projetos da Fundação Franklin Cascaes, como recebedor de dinheiro público. Na primeira fase da operação, deflagrada em janeiro, foram cumpridos 24 mandados de busca e apreensão, resultando na análise de celulares, documentos e computadores.
A investigação aponta crimes ambientais, corrupção e lavagem de dinheiro que podem ter sido cometidos por Ed Pereira, Fábio Braga e Samantha Brose, em conjunto com indivíduos do setor privado. O afastamento de Ed Pereira, Fábio Braga e Samantha Brose de cargos públicos foi prorrogado pelo juiz, atendendo a um pedido da Polícia Civil.
LEIA TAMBÉM: Florianópolis: Ex-Secretário Ed Pereira se manifesta sobre valores imputados a ele e esposa
A esposa de Ed Pereira, Samantha Brose, também está envolvida na investigação. A quebra de sigilo bancário revelou movimentações financeiras suspeitas, totalizando R$ 324.745,17 desde 2021, apesar de sua renda declarada ser próxima ao salário mínimo. Entre as transações suspeitas, estão 55 depósitos em dinheiro vivo, somando R$ 90.560,00, alguns coincidentes com saques realizados pelo advogado Andrey Cavalcante de Carvalho, outro alvo da operação.
LEIA TAMBÉM: Florianópolis em Choque: Operação Policial na Câmara de Vereadores descortina supostos esquemas de corrupção e crimes ambientais
As autoridades acreditam que o dinheiro destinado a Samantha beneficiava diretamente Ed Pereira. Transações de R$ 16 mil realizadas por Renê Raul Justino também estão sob exame, suspeitando-se que os valores foram encaminhados para Ed através de Samantha. Além disso, Gilliard é suspeito de atuar como intermediário, repassando valores de corrupção para Edmilson Pereira.
LEIA TAMBÉM: Florianópolis: Operação Presságio revela pagamentos com correção desproporcional; “montante pago quase dobrou”
A investigação também revelou que Samantha recebeu repasses significativos do Instituto Bem Possível, totalizando R$ 14.7 mil, levantando dúvidas sobre a origem desses recursos. Apesar de justificativas como vínculo empregatício, registros no Ministério do Trabalho indicam que Samantha está empregada como recepcionista no Parador 12, em Jurerê, o que não explica as altas movimentações financeiras.
LEIA TAMBÉM: Em Florianópolis, últimas investigações na operação presságio apontam para esquemas ilícitos
Os crimes investigados na Operação Presságio incluem poluição ambiental, fraude à licitação, corrupção passiva e ativa, associação criminosa e lavagem de dinheiro. A operação começou em 2021, devido a um crime ambiental de poluição envolvendo a empresa Amazon Fort, e desde então se expandiu para incluir outras ilegalidades em contratos públicos e repasses de dinheiro.
As investigações continuam, com novos mandados a serem cumpridos ao longo do dia, prometendo mais desdobramentos no caso que envolve altos funcionários e empresários da região.
Entre na comunidade do AGORA FLORIPA e receba informações gratuitas no seu Whatsapp!