A Prefeitura de Florianópolis publicou novas regras para o funcionamento de bares no Centro Leste da cidade, modificando as restrições de horários e som que haviam sido impostas anteriormente. As alterações foram anunciadas nesta terça-feira, 18 de junho, e trazem mais flexibilidade para os estabelecimentos, especialmente em relação ao som interno.
O novo decreto, número 26.609, permite que os bares toquem som interno até as 2h da manhã, de quinta a sábado, bem como em vésperas e dias de feriado. Anteriormente, o som interno era permitido somente até a meia-noite. Esta mudança é uma resposta às reivindicações dos proprietários de bares e frequentadores, que consideravam as restrições muito severas para a vida noturna e cultural da região.
Nos domingos, a nova regra permite a realização de eventos ao ar livre com som externo, desde as 10h da manhã até às 22h. Durante os demais dias da semana, as regras anteriores continuam valendo, mantendo o controle sobre o horário de funcionamento e o uso de som, tanto interno quanto externo.
A mudança faz parte de um esforço maior da prefeitura para equilibrar o desejo dos moradores por tranquilidade com a necessidade de manter a vitalidade econômica e cultural do Centro Leste. A criação do “Pacto de Convivência do Centro Leste” busca justamente essa harmonia, promovendo negócios e cultura ao mesmo tempo em que garante o sossego público. A prefeitura também se comprometeu a intensificar as ações de fiscalização, lideradas pela Guarda Municipal, para assegurar que as novas regras sejam respeitadas.
O anúncio das novas regras vem após um período de controvérsia em abril, quando foram introduzidas restrições mais rígidas para o fechamento dos bares e o uso de som. Na época, as novas regras dividiram opiniões: enquanto alguns moradores de prédios no Centro e arredores apoiaram a medida como uma forma de promover o sossego público, os frequentadores dos bares e os proprietários dos estabelecimentos expressaram preocupações de que as restrições poderiam enfraquecer a movimentação cultural e causar impacto financeiro negativo.
Zuleide Thiesen, uma corretora de imóveis que mora no Centro, relembra a época: “Vai até às 7h da manhã, eu moro no 11º andar e estou pensando em botar vidro antirruído. As pessoas ficam na rua com caixas de som particulares.”
Diante dessa situação, a prefeitura planeja promover reuniões e debates constantes com donos de bares, moradores e outros envolvidos no Pacto de Convivência do Centro Leste. O objetivo é continuar buscando soluções que beneficiem tanto a vida noturna vibrante da área quanto o bem-estar dos moradores.
Com essas novas regras, espera-se que os bares do Centro Leste de Florianópolis possam operar de forma mais harmoniosa, oferecendo uma experiência agradável aos clientes e respeitando a qualidade de vida dos residentes locais.
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