Uma estudante de direito foi presa em Florianópolis por colaborar com uma facção criminosa, ao vazar informações sigilosas que resultaram na fuga de diversos investigados durante a Operação Tio Patinhas. A universitária, de 23 anos, estava no 7º período do curso de direito em uma universidade privada e fazia estágio em uma Vara da Família no Tribunal de Justiça de Santa Catarina. Ela é acusada de acessar o sistema judicial e compartilhar detalhes da operação com membros de uma organização criminosa.
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A investigação começou após a segunda fase da Operação Tio Patinhas, que foi lançada em julho de 2024. Na época, foram expedidas 72 ordens judiciais, mas apenas cinco dos 45 investigados foram localizados nos endereços indicados. A Polícia Civil suspeitou que os alvos haviam sido avisados antecipadamente e começou a investigar como isso ocorreu.
A quebra de sigilo de dados revelou que a estagiária acessou os documentos da operação várias vezes no fim de semana anterior à execução das ordens. A polícia acredita que ela não agiu sozinha e que foi paga para fornecer essas informações, indicando a possível participação de advogados ligados aos alvos da operação.
A prisão da estudante ocorreu em uma casa no bairro Saco Grande, em Florianópolis. Durante a operação, a polícia apreendeu telefones e computadores que serão periciados para obter mais detalhes sobre o vazamento de informações e identificar outros envolvidos.
A universitária deve responder por associação ao tráfico, participação em organização criminosa e violação de sigilo funcional. Se condenada, as penas podem chegar a 30 anos de prisão.
A Operação Tio Patinhas tem como alvo um grupo especializado em tráfico de drogas, lavagem de dinheiro e venda de armas, com uma clientela composta por pessoas de alta renda no estado. Na segunda fase da operação, foram apreendidos 6 kg de drogas e cinco pessoas foram presas em flagrante. As investigações continuam para identificar todos os envolvidos no esquema criminoso.
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