Aposentados e idosos que precisam de ajuda financeira têm boas notícias: agora é possível acumular o Benefício de Prestação Continuada (BPC) e o Bolsa Família, dois programas sociais importantes do governo federal. Essa mudança, implementada recentemente, visa aumentar a renda das famílias de baixa renda e proporcionar melhores condições de vida.
Como funciona o acúmulo dos benefícios?
Tanto o BPC quanto o Bolsa Família são oferecidos por meio do Cadastro Único para Programas Sociais (CadÚnico). O CadÚnico é um sistema que reúne informações sobre as famílias de baixa renda no Brasil, possibilitando o acesso a diversos programas sociais, como tarifas sociais de energia elétrica, entre outros.
Para se inscrever no CadÚnico, é necessário que a renda mensal por pessoa na família seja de até meio salário mínimo, o que atualmente equivale a R$ 706,00. A inscrição deve ser feita em uma unidade do Centro de Referência de Assistência Social (CRAS), onde um responsável pela família deve apresentar documentos de identificação de todos os membros, como CPF, certidão de nascimento ou casamento, e comprovante de residência.
Requisitos para receber os benefícios
Os requisitos para receber o BPC são específicos. Para idosos, é necessário ter 65 anos ou mais e uma renda familiar por pessoa de até um quarto do salário mínimo. Para pessoas com deficiência, também é preciso comprovar a deficiência e atender ao mesmo critério de renda. O BPC é um benefício mensal pago pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), mas não exige contribuição prévia à Previdência Social.
Por outro lado, para receber o Bolsa Família, a renda mensal por pessoa deve ser de até R$ 218, caracterizando a família como estando em situação de pobreza. Este benefício é fundamental para ajudar a garantir condições mínimas de subsistência para milhões de brasileiros.
A grande mudança que permite o acúmulo desses benefícios veio em maio deste ano. Antes, o valor do BPC era contabilizado na renda da família, o que muitas vezes impedia o recebimento do Bolsa Família. Com a mudança, o valor do BPC não é mais considerado na contagem de renda para o Bolsa Família, permitindo que famílias que recebem o BPC também sejam beneficiadas pelo Bolsa Família.
Acesso a novos benefícios e impactos positivos
Além de possibilitar o acúmulo do BPC e Bolsa Família, o governo federal lançou novas medidas para beneficiar ainda mais essas famílias. Uma das iniciativas é a ampliação do programa Minha Casa, Minha Vida, que agora oferece moradias gratuitas para beneficiários desses programas sociais. A previsão é que cerca de 600 mil famílias do Bolsa Família e 150 mil do BPC sejam contempladas, ajudando a reduzir o déficit habitacional e a melhorar as condições de vida dessas pessoas.
Para garantir o acesso ao programa de moradia, as famílias devem ter seus dados atualizados no CadÚnico e passar por uma avaliação de um agente financeiro da Caixa Econômica Federal ou do Banco do Brasil, que verificará o cumprimento dos critérios exigidos. A medida permite a quitação do saldo devedor para famílias com financiamentos ativos, além de possibilitar novos contratos para mais brasileiros realizarem o sonho da casa própria.
Benefícios do Minha Casa, Minha Vida
O programa Minha Casa, Minha Vida traz diversas vantagens, como subsídios de até R$ 55 mil, taxas de juros atrativas que começam em 4% ao ano, e flexibilidade no pagamento das parcelas, que podem comprometer entre 10% e 30% da renda familiar, dependendo da faixa de renda. O programa oferece imóveis em diferentes regiões do país, tanto em áreas urbanas quanto rurais, garantindo acesso à moradia digna para as famílias de baixa renda.
Com essas medidas, o governo busca fortalecer a inclusão social e o bem-estar das populações mais vulneráveis, garantindo que mais brasileiros possam ter acesso a direitos básicos, como a moradia, e viver com dignidade.
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