O debate entre os candidatos à Prefeitura de São Paulo, realizado no último domingo (15), ganhou destaque devido a uma forte discussão entre José Luiz Datena (PSDB) e Pablo Marçal (PRTB). A troca de acusações acabou resultando em uma cena inesperada: Datena agrediu Marçal com uma cadeira, levando à suspensão temporária do debate pela TV Cultura.
VEJA O DEBATE
Tudo começou quando Marçal utilizou o termo “Jack”, uma gíria comum nos presídios brasileiros para se referir a criminosos sexuais, direcionando-o a Datena. A provocação fazia referência a uma acusação de assédio sexual contra Datena em 2019, já arquivada pelo Ministério Público por falta de provas, e que a própria acusadora se retratou posteriormente. A insinuação de Marçal tocou em um ponto sensível para Datena, que se disse especialmente abalado pela situação, lembrando que o episódio relacionado à acusação teria afetado gravemente a saúde de sua sogra, que sofreu um AVC pouco após o ocorrido.
A provocação aumentou o tom da discussão, e Datena reagiu chamando Marçal de “bandidinho” e refutando as acusações como “ofensas e calúnias”. Marçal, por sua vez, não recuou e continuou as provocações, chamando o adversário de “arregão” e afirmando que ele não tinha coragem de encarar o debate.
A situação saiu do controle quando Datena se aproximou de Marçal e, visivelmente alterado, o agrediu com uma cadeira. O mediador interrompeu o debate imediatamente, e Datena foi expulso do local. Marçal deixou a emissora e foi levado ao hospital, onde foi diagnosticado com uma fratura na costela, segundo sua equipe.
Após o incidente, Datena se pronunciou dizendo que havia perdido o controle e que deveria ter simplesmente deixado o debate, mas que foi tomado por uma reação humana diante das provocações, especialmente em relação à sua honra e à memória de sua sogra. Ele reconheceu que estava errado, mas justificou sua atitude como uma reação emocional intensa.
Marçal, por sua vez, registrou um boletim de ocorrência contra Datena, enquanto outros candidatos presentes no debate, como Ricardo Nunes (MDB) e Guilherme Boulos (PSOL), se manifestaram sobre o ocorrido. Ambos demonstraram apoio a Datena, ressaltando que ele foi alvo de provocações durante todo o debate.
O episódio foi considerado um dos momentos mais tensos e absurdos já vistos em debates eleitorais, com o apresentador Leão Serva, da TV Cultura, classificando o incidente como um marco lamentável para a TV brasileira.
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