Imagine uma caixa d’água de 1000 litros, indicada para o consumo médio diário de seis a sete pessoas. Agora pense em uma caixa d’água gigante capaz de atender 900 mil pessoas por dia. A estrutura que equivale a 180 mil caixas d’água está localizada no bairro Aririú, em Palhoça. Trata-se da maior unidade de tratamento de água do Estado, a ETA (Estação de Tratamento de Água) José Pedro Horstmann.
Para se ter uma ideia da magnitude do complexo, ele é três vezes maior que a ETA da CASAN em operação hoje em Criciúma, dez vezes maior que a instalada em Rio do Sul, seis vezes maior que a de Chapecó e atende os moradores de Santo Amaro da Imperatriz, Palhoça, São José, Biguaçu e Florianópolis (Centro e região continental). A estação alcança 9,7 metros de altura e tem 82 metros de comprimento, em 4,2 mil metros de área construída, que consumiu mais de 4.500 metros cúbicos de concreto.
Para o suprimento da ETA, a CASAN utiliza dois mananciais de captação, do Rio Vargem do Braço (Pilões), onde esse trabalho é feito por meio de gravidade, através de três grandes adutoras; e do Rio Cubatão, onde a captação ocorre por bombeamento, através de duas adutoras. O diferencial da operação para manter a caixa d’água sempre abastecida é a interligação dos sistemas de captação e distribuição de água. O manejo, de acordo com a CASAN, é feito parte manual e parte automatizada por meio de macromedidores para verificação das vazões, manômetros de pressão e também por registros de manobras em válvulas e registros distribuídos ao longo da rede.
Para atender toda essa população, a CASAN tem um dos mais eficientes sistemas para realizar esse trabalho na região, o floco decantador. Desde dezembro de 2016, o equipamento permitiu a instalação de duas novas etapas no processo de tratamento da água, que ampliaram a capacidade de tratamento da estação em até 50% e a produção de 2.000 para 3.000 litros por segundo. Houve também um aumento considerável da qualidade da água tratada.
“Essa obra é a mais complexa já realizada pela CASAN. Possibilitou a regularidade no abastecimento de água da Capital e região e que essa distribuição chegue mais rápido para a comunidade, principalmente no período de maior consumo, ou seja, às vésperas do Natal e Ano Novo”, avalia Laudelino Bastos, diretor-presidente da companhia catarinense de águas e saneamento.