A inflação em Florianópolis registrou alta de 0,40% em setembro, puxada principalmente pelo aumento da energia elétrica residencial. Essa mudança foi causada pela alteração da bandeira tarifária, que passou de verde para vermelha, patamar 1. Com isso, o custo da energia subiu 7,22%, impactando diretamente o bolso das famílias.
Esse aumento nos preços de produtos e serviços é maior do que o registrado no mês anterior, que foi de 0,32%, e também supera a inflação de setembro de 2023, que foi de 0,31%. O Índice de Custo de Vida acumulado nos últimos 12 meses chegou a 5,18%, e o acumulado de 2024 está em 4,17%.
A falta de chuvas em boa parte do país tem afetado a produção de energia nas hidrelétricas, levando ao uso de usinas térmicas, que geram eletricidade a um custo mais alto. Essa foi a principal razão do aumento nas tarifas de energia, que, além de encarecer o consumo doméstico, elevou os preços do grupo de habitação em 1,24%.
Preços dos alimentos sobem mais em setembro
Os alimentos também ficaram mais caros no mês de setembro, com alta de 0,65%. As refeições fora de casa subiram 0,57%, enquanto os produtos comprados para consumo em casa aumentaram 0,71%. Entre os itens que mais encareceram estão o óleo de soja (2,8%), o feijão preto (3,7%), o leite condensado (4,1%), a costela suína (9,1%) e o mamão (10,5%).
O maior aumento entre os alimentos foi nas bebidas e infusões, como o café, que subiu 8,15%. A seca e as queimadas nas áreas de produção de café reduziram a oferta do produto, elevando seus custos nos últimos meses.
Por outro lado, alguns alimentos ficaram mais baratos em setembro, como a cebola, o tomate e o abacaxi, que registraram quedas nos preços.
Outros setores em alta
Além dos alimentos e da habitação, outros setores também apresentaram alta nos preços em setembro, como artigos de residência (0,09%), transportes (0,11%) e saúde e cuidados pessoais (1,20%).
A inflação é medida mensalmente por meio do Índice de Custo de Vida, que calcula a variação de preços de quase 300 produtos e serviços consumidos pelas famílias da cidade. A metodologia usada é semelhante à do IPCA, o índice oficial de inflação no Brasil.
Mais informações podem ser obtidas em udesc.br/esag/custodevida, onde é possível consultar os boletins mensais (desde 2010) e as séries históricas (desde junho de 1994) do ICV/Udesc Esag.
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