Uma mãe do bairro Tapera, em Florianópolis, denunciou uma série de ataques racistas que sua filha de 10 anos vem sofrendo dentro da Escola de Educação Básica Tenente Almáchio. Segundo a mãe, os casos acontecem há cinco anos, desde que a menina começou a estudar na escola, mas pioraram nos últimos seis meses com atitudes graves da professora e dos colegas de classe.
A mãe, Josiele, contou que a professora da filha empurrou a menina durante uma aula e usou palavras racistas, chamando-a de “macaca”. Além disso, a professora a humilhava na frente dos colegas, chamando-a de “burra” e zombando de suas roupas. A aluna, que tem um problema nas pernas, também foi imitada pela professora, que debochou de seu jeito de andar na frente da turma, provocando risadas.
Esses episódios de racismo e humilhação afetaram profundamente a menina, que agora se recusa a ir à escola e desenvolveu sinais de depressão. A mãe relatou que a filha chorava todos os dias ao voltar da escola e implorava para não ter que assistir às aulas. Segundo a família, o racismo também vinha de outros alunos, que a chamavam de apelidos ofensivos e até a agrediam fisicamente.
Josiele e seu marido tentaram resolver a situação diretamente na escola, mas não foram ouvidos pela direção, que desconsiderou as denúncias. Diante disso, eles decidiram procurar a polícia e registrar um boletim de ocorrência. Desde então, a menina e seu irmão mais novo, de 9 anos, estão sem frequentar as aulas, enquanto a família busca justiça para a criança.
Apesar de a Secretaria de Educação de Santa Catarina ter sido informada sobre o caso, até o momento, não foram encontradas evidências claras de racismo na escola. Mesmo assim, a situação segue sendo acompanhada por um setor responsável por lidar com casos de violência escolar.
A mãe, que também sofre de epilepsia, teme pelo bem-estar da filha e reivindica justiça para que sua filha possa voltar a estudar em um ambiente seguro e livre de racismo.
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