Neste ano, 29 marcas de azeite de oliva tiveram a venda proibida no Brasil, em meio a uma série de operações de fiscalização que revelaram adulteração do produto. Auditores e técnicos do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) já emitiram 48 autos de infração contra empresas acusadas de misturar óleos vegetais não identificados ao azeite, comprometendo a qualidade e oferecendo risco à saúde dos consumidores.
Além das multas, o Mapa apreendeu cerca de 100 mil litros de azeite fraudado em diferentes operações. Uma das maiores, chamada Operação Getsêmani, ocorreu em março, quando foram encontrados 60,6 mil litros de azeite extravirgem e 37,5 mil litros de óleo de soja em uma fábrica clandestina de Saquarema, no Rio de Janeiro. Segundo as autoridades, essa quantidade de óleo poderia gerar cerca de 196 mil garrafas de azeite adulterado. O local também armazenava rótulos e tampas de várias marcas, sugerindo a intenção de passar o produto falso por verdadeiro.
Nesta semana, o Ministério divulgou uma lista com lotes de 12 marcas que, após análises no Laboratório Federal de Defesa Agropecuária, foram identificadas com óleos não especificados em sua composição. Para ajudar os consumidores a evitar produtos de baixa qualidade, o Mapa recomenda suspender imediatamente o uso de azeites suspeitos e devolvê-los aos estabelecimentos onde foram comprados, buscando a troca conforme previsto no Código de Defesa do Consumidor.
A coordenadora de Fiscalização da Qualidade Vegetal do Mapa alerta que a fraude costuma ocorrer durante o envase no Brasil, quando o azeite chega a granel de forma legal e é misturado com outros óleos para aumentar o volume e o lucro. Os consumidores são aconselhados a se manter atentos: desconfie de preços muito baixos, evite azeites a granel, verifique o registro da empresa no rótulo e, sempre que possível, escolha produtos com data de fabricação recente.
Essas ações buscam proteger o mercado e garantir que os consumidores brasileiros tenham acesso a produtos autênticos e de qualidade.
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