Na tarde desta terça-feira, cerca de cem ciclistas se reuniram na Avenida Beira-Mar Norte, em Florianópolis, em um protesto comovente. O aumento impressionante de 440% nos atropelamentos de ciclistas na cidade despertou uma mobilização que se intensificou após a morte de Alexandre Sanchez Palma, um advogado de 57 anos, atropelado por um motorista embriagado na SC-401, uma semana antes.
A SC-401, via de grande movimentação e acesso às praias do norte da ilha, tem sido o local com maior número de acidentes com ciclistas, acumulando 22 registros desde 2008. No entanto, o ano de 2024 bateu recordes: até agora, 27 ciclistas foram atropelados, um crescimento espantoso em relação aos cinco casos registrados em 2023.
O movimento, liderado por grupos de ciclistas locais, como o Pedal da Ilha Floripa, trouxe pedidos firmes de mais fiscalização, especialmente nas saídas de baladas, onde há um histórico de condutores sob o efeito de álcool. A reivindicação inclui o uso de drones e outras ferramentas que possam monitorar o respeito às ciclorrotas e garantir segurança aos ciclistas. “Queremos que os motoristas nos respeitem”, disse Rock Waltrick, coordenador do grupo.
Durante o trajeto do protesto, iniciado no trapiche da Beira-Mar Norte em direção à sede da Polícia Militar Rodoviária na SC-401, mais ciclistas foram se juntando ao grupo, em uma manifestação pacífica que clamava por maior segurança e respeito no trânsito da capital.
Os números alarmantes e o pedido por mais ações de fiscalização refletem uma preocupação crescente de quem usa a bicicleta como meio de transporte, prática esportiva e estilo de vida. Para os ciclistas de Florianópolis, a segurança é uma prioridade que não pode mais esperar.
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