O Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) denunciou 18 suspeitos de integrar uma organização criminosa responsável pela série de ataques violentos que assustaram a Grande Florianópolis nos dias 18 e 19 de outubro deste ano. Segundo a investigação, os envolvidos já estão presos preventivamente e respondem por crimes como tráfico de drogas, porte ilegal de armas, incêndio, roubo e formação de organização criminosa. Além das penas previstas, o MPSC pede que o grupo pague uma indenização de R$ 1 milhão à sociedade pelos prejuízos e pelo impacto negativo dos ataques.
Conforme a denúncia, os atentados foram planejados para desviar a atenção das forças de segurança na comunidade Papaquara, localizada na região Norte da Ilha. A área era alvo de conflito entre facções: um grupo criminoso catarinense tentou expulsar rivais de uma facção paulista, responsáveis pela morte de um integrante do grupo local em São Paulo. Os ataques começaram na madrugada de sexta-feira, 18 de outubro, quando criminosos armados invadiram a comunidade e provocaram um tiroteio que deixou moradores e autoridades em alerta.
Depois da invasão, os envolvidos fugiram em quatro veículos, sendo que dois deles foram encontrados em chamas e outro foi abandonado pela polícia na região de Vargem do Bom Jesus. Durante o confronto, um motorista de aplicativo foi atingido por balas perdidas, o que ampliou o temor e a tensão na região. No dia seguinte, em 19 de outubro, houve uma nova tentativa de invasão, e a violência se espalhou por vias públicas da Grande Florianópolis. Foram registrados bloqueios em 21 pontos, com barricadas de fogo e pneus, o que dificultou o trânsito e interrompeu o transporte público.
A atuação rápida das forças de segurança levou à captura de todos os suspeitos, alguns durante a própria invasão e outros nas ruas durante os atentados. A polícia apreendeu drogas, armas e equipamentos usados nos crimes, o que reforçou as provas apresentadas pelo MPSC. A investigação apontou que os atentados, além de intimidar a população, tinham o objetivo de criar um clima de caos e desviar a atenção das autoridades do conflito na comunidade.
Agora, o MPSC espera que a Justiça aceite a denúncia contra os 18 acusados, que poderão responder por dez crimes. Além das penas, o MPSC reivindica a indenização de R$ 1 milhão pelos prejuízos causados à segurança e ao bem-estar da população da Grande Florianópolis. Caso a denúncia seja aceita, os envolvidos se tornarão réus e terão direito a defesa no processo, que seguirá com o objetivo de responsabilizar os acusados pelos graves crimes cometidos na região. As investigações ainda continuam para identificar outros possíveis envolvidos na organização e nos atentados.
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