Florianópolis alcançou o terceiro maior índice de inflação acumulada entre 17 capitais brasileiras nos últimos 12 meses. Em novembro, o índice chegou a 5,69%, superando a média nacional de 4,87%. A capital catarinense ficou atrás apenas de Belo Horizonte (6,53%) e São Luís (6,21%), que lideram o ranking.
Os dados mostram uma realidade desafiadora para os consumidores da cidade. Apesar de ter perdido o segundo lugar para São Luís em novembro, Florianópolis se mantém entre as capitais com maior aumento de preços, destacando-se acima de outras grandes cidades como São Paulo (5,06%), Rio de Janeiro (4,76%) e Brasília (4,46%).
Alimentação e energia lideram os aumentos
A inflação em Florianópolis reflete o impacto do aumento de preços em produtos essenciais. O grupo Alimentação e Bebidas teve um aumento médio de 8,17% no último ano. Entre os itens que mais subiram estão a batata inglesa (61,7%), a laranja paulista (48,7%) e a beterraba (37,8%).
Além da alimentação, os custos relacionados à habitação também subiram significativamente (6,65%). Nesse grupo, as tarifas de energia elétrica residencial, com alta de 7,22%, e os materiais de construção contribuíram para pressionar o orçamento familiar.
Outro grupo com aumento expressivo foi o de despesas pessoais, que subiu 6,74%. O preço dos cigarros, por exemplo, teve alta de 18,8%, quase toda registrada em novembro. Já os transportes apresentaram uma elevação de 6,28%, puxada principalmente pelo aumento das passagens aéreas, que chegaram a subir 22,5%.
Por outro lado, alguns grupos tiveram reajustes abaixo da inflação geral. Saúde e cuidados pessoais subiram 4,89%, despesas com educação 3,59%, serviços de comunicação 3,45% e artigos de residência 2,30%. O vestuário foi o único setor com queda de preços, registrando uma redução de -3,02%.
Comparação com outras capitais
No comparativo regional, Florianópolis apresentou uma inflação bem acima das outras capitais do Sul. Porto Alegre teve o menor índice entre todas as capitais pesquisadas, com apenas 3,49%, e Curitiba registrou 4,22%, ficando entre os índices mais baixos.
A inflação acumulada em Florianópolis também superou a de importantes centros urbanos como São Paulo e Rio de Janeiro, evidenciando um custo de vida elevado na capital catarinense.
Índice de Custo de Vida
Os números de Florianópolis são medidos pelo Índice de Custo de Vida (ICV), calculado pela Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc). O ICV é elaborado com base na variação de preços de 297 produtos e serviços consumidos por famílias com renda entre 1 e 40 salários-mínimos. Ele é atualizado mensalmente desde 1968 e segue a mesma metodologia do IPCA, utilizado nacionalmente.
Com mais um mês para encerrar o ano, o índice anual e o acumulado de 2024 ainda podem sofrer alterações, mas os dados já apontam para um cenário de pressão inflacionária que exige atenção e planejamento das famílias de Florianópolis.
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