Um acampamento com cerca de 150 pessoas foi desocupado na manhã deste domingo (15) em um terreno privado às margens da SC-401, em Florianópolis. A operação foi realizada pela Polícia Militar, que informou que a retirada ocorreu de forma pacífica. No local, os ocupantes já haviam construído estruturas provisórias antes da chegada dos agentes.
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O grupo fazia parte do Acampamento Pepe Pereira, que justificou a ocupação alegando que o terreno seria de propriedade federal e teria sido grilado — ou seja, registrado ilegalmente como particular. Segundo os representantes do movimento, a ocupação foi uma ação em defesa do direito à reforma agrária e para garantir moradia às famílias.
Dois porta-vozes do acampamento foram presos no local, acusados de crimes ambientais e de esbulho possessório, que envolve a invasão de uma propriedade privada com o objetivo de impedir seu uso pelo legítimo dono. Ambos foram liberados após assinarem um termo circunstanciado e concordarem com o pagamento de multas.
Além da retirada das pessoas, a Polícia Militar apreendeu 16 veículos pertencentes aos ocupantes. Os automóveis estavam estacionados sem autorização em uma associação localizada do outro lado da rodovia.
A movimentação no terreno começou horas antes da ação policial. Apesar das alegações do movimento, a Polícia Militar afirmou que a área é de propriedade privada, e o grupo foi orientado a deixar o local.
O episódio reacende o debate sobre o acesso à terra e a regularização fundiária, temas que frequentemente provocam conflitos em Florianópolis e outras regiões do país.
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