Em celebração ao Dia Municipal da Baleeira, comemorado em 18 de dezembro, a Câmara Municipal de Florianópolis realizou uma sessão solene na última terça-feira, 10 de dezembro, para homenagear instituições e pessoas que se destacam na preservação dessa tradição histórica. A Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) foi uma das agraciadas com o Diploma de Mérito, entregue à Pró-Reitoria de Extensão (Proex) como reconhecimento pelos esforços dedicados à conservação das baleeiras, embarcações que simbolizam a cultura e a história do litoral catarinense.
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Reconhecimento e preservação
A UFSC foi representada no evento pelo professor Narbal Silva, diretor executivo da Proex. A cerimônia também contou com uma exposição fotográfica intitulada Dia da Baleeira: beleza e memória em exposição, organizada por Cristina Gallo, integrante do projeto Baleeiras da Ilha. O projeto, financiado pelo Edital de Apoio às Culturas de 2020 da Prefeitura de Florianópolis, é um exemplo de iniciativas que mantêm viva a memória das baleeiras.
O Diploma de Mérito foi uma iniciativa do vereador Afrânio Boppré e destacou dez homenageados que têm contribuído para a valorização das baleeiras. A honraria reforça a importância dessas embarcações não apenas como um elemento cultural, mas também como um marco na identidade e na economia de Florianópolis.
A história das baleeiras
As baleeiras são pequenas embarcações, ágeis e manobráveis, historicamente usadas para a caça de baleias e posteriormente adaptadas para pesca, transporte e lazer. Introduzidas no Brasil por colonizadores açorianos no século XVIII, elas desempenharam um papel essencial na economia do litoral catarinense.
Originalmente utilizadas em armações de pesca de baleia franca, especialmente em Florianópolis, essas embarcações se tornaram populares pela sua navegabilidade. Ainda hoje, algumas são usadas por pescadores profissionais ou amadores e em passeios turísticos nas baías e mares da região.
A importância do Dia Municipal da Baleeira
Instituído em 2022, o Dia Municipal da Baleeira busca preservar a memória e celebrar a relevância dessas embarcações para Florianópolis. A data, 18 de dezembro, homenageia Alécio Heidenreich, um dos últimos mestres construtores de baleeiras na cidade, nascido em 1928, no Ribeirão da Ilha.
Apesar de seu valor cultural, as baleeiras enfrentam desafios para sua preservação. A construção tradicional utiliza madeiras de árvores hoje protegidas por leis ambientais, e os conhecimentos artesanais estão restritos à memória de poucos mestres.
Preservar o passado, construir o futuro
O reconhecimento da UFSC pela Câmara Municipal reflete o compromisso da universidade e de outras instituições em manter viva a herança cultural de Florianópolis. Ao valorizar as baleeiras, a cidade não apenas preserva sua história, mas também reafirma sua identidade como uma capital conectada às tradições marítimas e culturais que moldaram o litoral catarinense.
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