A Justiça Federal decidiu manter bloqueada uma indenização de R$ 7,82 milhões que seria paga ao futuro secretário de Assistência Social de Florianópolis, Bruno Souza. O montante é referente à desapropriação de um imóvel em Palhoça, destinado à construção do Contorno Viário da Grande Florianópolis, inaugurado em agosto.
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A decisão foi unânime na 3ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4), que apontou “fortes indícios” de irregularidades na aquisição da propriedade por Bruno Souza. Segundo o relator do caso, há suspeitas de que o imóvel possa ter sido adquirido em uma manobra para dificultar o acesso de credores aos bens do pai de Bruno. Também se investiga se a transação foi, na verdade, uma doação, o que violaria o direito à herança dos demais herdeiros.
Com isso, o valor da indenização permanecerá bloqueado até o desfecho de outro processo que tramita na Justiça Estadual, discutindo a titularidade do imóvel.
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Acusações da família
As tensões familiares também vieram à tona. Arthur Souza, irmão de Bruno, acusou-o publicamente de transferências ilegais relacionadas ao patrimônio do pai. Arthur afirma que essas transações deixaram o pai sem bens e prejudicaram outros irmãos, especialmente aqueles concebidos fora do casamento, que já enfrentam dificuldades financeiras.
Em uma postagem nas redes sociais, Arthur descreveu a situação como uma tentativa de marginalizar os irmãos que não tiveram acesso à herança, chegando a mencionar que um deles só não vive na rua devido à sua ajuda.
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Escolha questionada para cargo público
A nomeação de Bruno Souza como futuro secretário de Assistência Social gerou críticas. Ele foi apontado como alguém sem formação ou experiência na área de assistência social, o que levantou questionamentos sobre sua competência para assumir uma pasta tão sensível e essencial para Florianópolis.
Diante das acusações e do histórico em análise pela Justiça, a situação reacende o debate sobre critérios de escolha para cargos públicos e a necessidade de garantir que gestores tenham preparo técnico e ético para lidar com demandas fundamentais da população. O caso segue em investigação, enquanto o futuro de Bruno na gestão municipal está sob forte escrutínio.
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