No último dia 8 de janeiro, a Prefeitura de Florianópolis anunciou cortes de R$ 403 milhões no orçamento municipal de 2025, uma medida que impacta diretamente áreas fundamentais como educação, saúde, assistência social, infraestrutura e cultura. A decisão foi amplamente divulgada pela vereadora Carla Ayres, que usou suas redes sociais para alertar a população sobre o tamanho do bloqueio.
A dívida da Prefeitura já ultrapassa R$ 1 bilhão, e para tentar equilibrar as contas públicas, o prefeito Topázio Neto justificou a medida como necessária para pagar dívidas acumuladas e garantir o pagamento de salários aos servidores municipais. No entanto, a grande preocupação é o impacto desse corte nas áreas essenciais que atendem diretamente à população.
Na área da educação, o bloqueio foi de R$ 82 milhões, um valor expressivo que, somado a uma redução de R$ 41 milhões em relação ao orçamento de 2024, pode resultar em R$ 123 milhões a menos para a educação no próximo ano. A vereadora Carla Ayres já se comprometeu a monitorar o cumprimento do mínimo constitucional de 25% do orçamento para a educação, já que qualquer redução a esse patamar pode comprometer a qualidade do ensino nas escolas municipais.
Na saúde, o Fundo Municipal de Saúde também sofreu cortes pesados, com bloqueio de R$ 61,7 milhões. Esse valor compromete a capacidade de atendimento à população, especialmente em áreas sensíveis, como urgências e emergências, além de afetar programas de prevenção e tratamento de doenças.
A assistência social também foi severamente atingida, com bloqueio de R$ 29,8 milhões. Esse corte pode afetar diretamente programas sociais essenciais para as famílias em situação de vulnerabilidade, como o Bolsa Família e outros serviços de apoio psicológico e financeiro.
Além disso, a Secretaria de Infraestrutura teve R$ 43 milhões bloqueados, o que pode atrasar obras e investimentos necessários na manutenção de ruas, pontes e outras estruturas essenciais para o funcionamento da cidade. O Meio Ambiente também foi impactado, com R$ 11,7 milhões bloqueados, o que pode afetar projetos de preservação ambiental e saneamento básico.
O Fundo Municipal de Saneamento Básico teve R$ 9,3 milhões retirados, e a Comcap, responsável pelo serviço de coleta de lixo, também enfrentou um corte de R$ 8,8 milhões. Já a Fundação Franklin Cascaes e a Secretaria Municipal de Cultura, responsáveis por projetos culturais importantes para a cidade, tiveram um bloqueio combinado de R$ 5 milhões.
Em um cenário já delicado, os cortes de R$ 403 milhões no orçamento de 2025 colocam em risco a execução de políticas públicas essenciais para o bem-estar da população. A justificativa da Prefeitura, de que os cortes são necessários para arcar com compromissos financeiros, não convence muitos cidadãos, que apontam a péssima gestão das finanças públicas e a contratação de sucessivos empréstimos como as verdadeiras causas do bloqueio de recursos.
O impacto desse corte será sentido nos próximos meses, e a cidade de Florianópolis pode enfrentar sérias dificuldades para atender à sua população nas áreas que mais precisam. A vigilância sobre a execução do orçamento será fundamental para garantir que as necessidades da população não sejam negligenciadas.
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