A Justiça deu início, na tarde desta quinta-feira (23), no Fórum da Capital, às audiências do processo que investiga o homicídio ocorrido em uma boate localizada na Avenida Mauro Ramos, no Centro de Florianópolis. Este crime, que chocou a cidade, aconteceu na manhã de 8 de novembro de 2024 e resultou na morte de Thiago Kich de Melo, de 28 anos. Na primeira sessão, testemunhas cruciais, como o segurança da boate e um policial militar, foram ouvidas.
Segundo os relatos apresentados, o incidente teve início quando Thiago e um grupo de clientes tentaram deixar a boate sem pagar uma comanda de mais de R$ 5 mil. Durante a confusão, um dos seguranças foi agredido e, conforme apurado, ofendido com insultos raciais. A situação escalou quando o policial militar Rafael Azevedo, que estava à paisana e possivelmente trabalhando como segurança informal, tentou intervir.
No calor da briga, Rafael acabou disparando contra Thiago. Relatos divergentes indicam que o disparo pode ter sido acidental, mas também há suspeitas de que o tiro foi intencional. Uma análise técnica será realizada para esclarecer os fatos. Além disso, há informações de que Thiago foi agredido e pisoteado por um segurança enquanto já estava caído no chão. Ele não recebeu atendimento imediato e foi declarado morto quando os paramédicos chegaram.
Thiago, que era empresário no ramo de lavação automotiva no bairro João Paulo, perdeu a vida de forma brutal, e o caso gerou grande repercussão devido ao envolvimento de um policial militar em situação irregular. Policiais da ativa são proibidos de atuar em segurança privada em Santa Catarina, e a Corregedoria-Geral da PM abriu um inquérito para investigar a conduta de Rafael Azevedo. Ele foi preso e está à disposição da Justiça.
Na audiência, tanto as testemunhas de acusação quanto de defesa foram ouvidas. O processo segue com uma nova sessão marcada para o dia 29 de janeiro, quando os dois réus – o policial militar e o segurança da boate – serão interrogados, assim como outras testemunhas importantes para o caso.
A investigação conduzida pela Polícia Civil busca determinar as responsabilidades pelo disparo fatal e pelas agressões sofridas pela vítima. Além disso, o trabalho da Polícia Científica será essencial para esclarecer se o tiro foi acidental ou intencional. O caso continua sob intensa atenção, dada a gravidade dos fatos e o impacto causado na comunidade de Florianópolis.
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