A Penitenciária de Florianópolis, localizada no bairro Agronômica, começou a ser desativada nesta quinta-feira (30). O governo estadual prevê que o local será completamente desocupado até 2026, como parte de um grande projeto de reformulação do sistema prisional de Santa Catarina. O objetivo é criar 9 mil novas vagas em unidades modernas, garantindo mais segurança tanto para a população quanto para os agentes penitenciários.
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A decisão de fechar o presídio vem de uma demanda antiga da comunidade, que há anos reclama da insegurança de ter uma penitenciária em uma região central e movimentada da cidade. Além disso, a estrutura antiga do local, construída em 1930, já não atende às necessidades atuais e facilita a fuga de detentos.
Coincidentemente, no mesmo dia em que foi anunciada a desativação, um preso conseguiu fugir da unidade. Ele estava sendo levado de volta à cela após uma consulta médica em uma UBS que fica fora dos portões do presídio. Durante o trajeto, usou uma chave artesanal para se livrar das algemas, entrou em luta corporal com um agente e conseguiu escapar pulando o muro da unidade de saúde. Ele fugiu em direção ao manguezal do Itacorubi, próximo à Avenida da Saudade. A polícia fez buscas na área para tentar recapturá-lo.
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A desativação da penitenciária faz parte de um investimento estadual para modernizar o sistema carcerário. Novos presídios já começaram a ser entregues em Santa Catarina, como uma estrutura anexa ao Presídio Regional de Tubarão, com 446 vagas, e a nova Penitenciária Industrial de São Bento do Sul, que pode abrigar 420 internos em regime fechado.
Com o fechamento do presídio da Agronômica, o terreno de 170 hectares – equivalente a 17 campos de futebol – será reaproveitado. O plano do governo é transformar a área em um espaço voltado para cultura, lazer e esporte. Enquanto isso, os detentos serão redistribuídos para outras unidades do estado.
A expectativa é que, com as mudanças, o déficit do sistema prisional catarinense seja zerado, garantindo mais organização e segurança para todos.
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