Os apagões que atingiram a região central de Florianópolis na virada do ano geraram grande insatisfação e levaram o Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) a cobrar esclarecimentos da Celesc. A empresa se reuniu com a 29ª Promotoria de Justiça da Capital para explicar o ocorrido e garantir medidas preventivas para evitar novos problemas em datas festivas.
Cerca de 10 mil unidades consumidoras ficaram sem energia entre os dias 31 de dezembro de 2024 e 1º de janeiro de 2025. A interrupção aconteceu três vezes, causando transtornos, principalmente pelo grande número de pessoas reunidas para as comemorações de réveillon. Diante das reclamações, o MPSC instaurou um procedimento para apurar a situação e exigir mais transparência da concessionária de energia.
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Segundo a Celesc, os apagões não foram causados por sobrecarga na rede, mas sim pelo contato de vegetação com os cabos elétricos. A empresa afirmou que a região do Centro de Florianópolis não tem histórico de problemas desse tipo em festas de fim de ano, mas, diante do ocorrido, reforçará a manutenção preventiva.
Entre as ações prometidas estão o aumento das podas ao longo da rede elétrica e a destinação de dois caminhões exclusivos para esse serviço na cidade. A Celesc informou que uma nova poda já foi feita em fevereiro para evitar novas falhas. Além disso, a equipe de atendimento emergencial foi reforçada para atuar mais rapidamente diante de ocorrências.
A empresa também destacou que investe constantemente na ampliação da capacidade elétrica da Ilha de Santa Catarina. A subestação Ilha/Centro, que atende a área afetada, não costuma apresentar problemas, mas será monitorada de forma mais rigorosa.
O MPSC enfatizou que seu papel é defender os direitos dos consumidores e garantir que situações como essa não voltem a acontecer, principalmente em datas importantes. A instituição cobrou da Celesc um compromisso efetivo com a transparência e medidas concretas para evitar novas interrupções em eventos de grande porte.
A reunião contou com a presença de representantes da Celesc e do MPSC, incluindo diretores jurídicos, gerentes operacionais e técnicos da empresa, que detalharam as ações já tomadas e os planos para o futuro. O Ministério Público seguirá acompanhando a situação para garantir que as medidas anunciadas sejam realmente cumpridas e que a população tenha um serviço de energia confiável e contínuo.
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