As gêmeas Ana Luiza e Ana Júlia Macário Rosa, de apenas 13 anos, deram um verdadeiro show de talento e superação durante o final de semana em Florianópolis. Elas participaram do Meeting Paralímpico do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), um dos principais eventos do esporte adaptado no país, e conquistaram suas primeiras medalhas de ouro em competições oficiais.
Ana Júlia foi a vencedora da prova dos 100 metros na classe T36, destinada a atletas com paralisia cerebral. Já sua irmã, Ana Luiza, também cruzou a linha de chegada em primeiro lugar nos 100 metros, mas na classe T34, outra categoria do atletismo paralímpico.
As duas começaram a se envolver com o esporte há cerca de um ano, por meio do projeto de Iniciação Paradesportiva da Fundação Catarinense de Educação Especial (FCEE). Além disso, participam de outras atividades promovidas pelo Centro de Educação Física e Cultura (Cefic), como o projeto Vivenciar e as aulas de capoeira. Hoje, elas também treinam no Centro de Desportos da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), que é um dos Centros de Referência do CPB.
O trabalho desenvolvido pela FCEE tem sido essencial para o crescimento dessas jovens atletas, que além de desenvolverem suas habilidades motoras, ganham mais autonomia, confiança e oportunidades para o futuro. O projeto de Iniciação Paradesportiva tem justamente esse objetivo: oferecer vivências esportivas a crianças e adolescentes com deficiência, despertando potenciais e promovendo inclusão.
O Meeting Paralímpico que ocorreu em Florianópolis reuniu cerca de 590 atletas de várias partes do Brasil. A competição envolveu três modalidades: atletismo, natação e bocha. O evento recebeu tanto jovens estreantes como atletas mais experientes, todos buscando bons resultados e classificações para grandes competições internacionais em 2025.
A FCEE e o CPB, junto com a UFSC, já iniciaram os primeiros passos para transformar o campus da fundação em um Centro de Referência Paralímpico da Grande Florianópolis. Esses centros são criados em parceria com universidades, instituições de reabilitação, fundações e órgãos públicos, e têm o objetivo de ampliar o acesso ao esporte adaptado em todas as regiões do país.
Com garra, alegria e muita dedicação, Ana Luiza e Ana Júlia mostraram que o talento corre em dobro na família. Elas já são motivo de orgulho para Santa Catarina — e prometem um futuro brilhante no esporte paralímpico brasileiro.
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