A Secretaria Municipal da Saúde, por meio da Vigilância Epidemiológica, orienta a população, sobre risco da febre maculosa, doença transmitida por carrapatos contaminados com a bactéria Rickettsia rickettsii. Apesar do município não ter qualquer registro confirmado da doença, é preciso que a população fique atenta, sobretudo em razão do surto em São Paulo e devido ao número de animais e áreas propícias (principalmente na zona rural) para proliferação.
Segundo a diretora da Vigilância Epidemiológica de São José, Katheri Zamprogna, São José nos últimos quatro anos não teve registros de casos confirmados da doença. A diretora ainda alerta, que caso um cidadão identifique os sintomas, deve procurar o quanto antes a Unidade Básica de Saúde (UBS) mais próxima da região.
De acordo com a diretora, a febre maculosa brasileira tem sido registrada em áreas rurais e urbanas. A maior concentração dos casos é nas regiões Sudeste e Sul. Após a picada do carrapato, se estima que o tempo para a bactéria entrar no organismo seja de 4 a 6 horas, mas varia de acordo com a espécie do carrapato.
Para que haja a transmissão, os carrapatos devem permanecer fixados à pele do hospedeiro por um período variável, o suficiente para que a bactéria seja reativada na glândula salivar e em seguida espalhada pelo corpo. Os carrapatos, além de vetores, são também reservatórios e amplificadores de R. rickettsii.
O carrapato-estrela, da espécie Amblyomma cajennense, transmissor da doença, pode ser encontrado em animais de grande porte, além de cães, aves domésticas, gambás, coelhos e, especialmente, na capivara. O período de incubação varia de dois a 14 dias após a picada (média de sete dias).
Para diminuir os riscos de transmissão, a equipe aconselha remover o animal usando uma pinça cuidadosamente; mergulhar o carrapato no álcool ou jogar no vaso sanitário; limpar a área com antisséptico e lavar bem as mãos.
A Vigilância Epidemiológica do Estado informa que Santa Catarina registrou 41 casos de febre maculosa em 2022. Neste ano foram identificados 18 casos.
Sintomas:
- Febre alta e súbita;
- Cefaleia;
- Hiperemia conjuntival;
- Dor muscular e articular;
- Mal-estar;
- Dores abdominais;
- Vômito;
- Diarreia;
- Exantema (erupção geralmente avermelhada).
Além disso, a Vigilância Epidemiológica destaca alguns cuidados importantes:
– Use roupas claras, para ajudar a identificar o carrapato, uma vez que ele é escuro.
– Use calças, botas e blusas com mangas compridas ao caminhar em áreas arborizadas e gramadas.
– Evite andar em locais com grama ou vegetação alta;
– Use repelentes de insetos;
– Verifique se você e seus animais de estimação estão com carrapatos;
– Se encontrar um carrapato aderido ao corpo, remova-o com uma pinça.
– Não aperte ou esmague o carrapato, mas puxe com cuidado e firmeza. Depois de remover o carrapato inteiro, lave a área da mordida com álcool ou sabão e água.
– Quanto mais rápido retirar os carrapatos do corpo, menor será o risco de contrair a doença. Após a utilização, coloque todas as peças de roupas em água fervente para a retirada dos insetos.