O Vaticano confirmou nesta segunda-feira (21) a morte do Papa Francisco, aos 88 anos, após complicações graves de saúde. O pontífice, que foi o primeiro papa latino-americano da história, faleceu em sua residência oficial, na Casa Santa Marta, localizada na Cidade do Vaticano, por volta das 7h35 no horário de Roma (2h35 em Brasília).
De acordo com o laudo médico oficial, Francisco sofreu um Acidente Vascular Cerebral (AVC) seguido de um colapso cardiocirculatório irreversível. A situação foi agravada por um quadro clínico bastante delicado: o papa enfrentava pneumonia bilateral, bronquiectasias múltiplas, hipertensão arterial e diabetes tipo 2. O falecimento foi confirmado por exame de eletrocardiograma.
Apesar da alta hospitalar no fim de março, após 38 dias de internação para tratar a pneumonia, o papa continuava sob cuidados médicos em casa. Nos últimos meses, a saúde do pontífice vinha se deteriorando. Ele havia sido internado inicialmente no início de fevereiro com sintomas respiratórios intensos, que evoluíram para uma infecção polimicrobiana e depois para uma pneumonia grave. Durante esse período, chegou a apresentar dificuldades para falar em público e precisou ser substituído por auxiliares em cerimônias religiosas.
Mesmo enfrentando os desafios da saúde, Francisco continuou participando de compromissos religiosos sempre que possível. Conhecido por seu carisma, simplicidade e proximidade com os fiéis, o papa foi um defensor incansável do diálogo, da paz e da justiça social, especialmente em defesa dos mais pobres e marginalizados.
Cerimônias de despedida
A morte do Papa Francisco desencadeou uma série de ritos fúnebres tradicionais. Os sinos da Basílica de São Pedro tocaram para anunciar sua partida, enquanto fiéis e turistas se reuniam em oração e silêncio nas praças do Vaticano.
Ainda na segunda-feira, às 14h (horário de Brasília), foi celebrada uma missa de sufrágio na Basílica de São João de Latrão, em Roma. Em seguida, às 15h, ocorreu a cerimônia de deposição do corpo no caixão, na capela privada da residência papal.
Na quarta-feira (23), o corpo de Francisco será levado à Basílica de São Pedro, onde os fiéis poderão prestar suas últimas homenagens. Em um gesto simbólico raro, o papa será enterrado na Basílica de Santa Maria Maggiore, em Roma — decisão que segue a tradição do Papa Leão XIII, enterrado fora da Basílica de São Pedro em 1903.
O legado de Francisco permanece vivo como um farol de humildade, empatia e fé. Sua morte encerra um capítulo importante na história da Igreja Católica e deixa um vazio no coração de milhões de pessoas ao redor do mundo.
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