Na manhã desta terça-feira (29), estudantes da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) realizaram uma manifestação pacífica em protesto contra os cortes orçamentários que afetam diretamente o funcionamento da instituição. O ato bloqueou temporariamente os acessos principais pelos bairros Carvoeira e Pantanal, mas sem impedir o trânsito de pedestres.
A manifestação ocorreu no campus Trindade, em Florianópolis, e foi organizada por um grupo independente de estudantes da graduação. O principal objetivo é chamar a atenção para o déficit financeiro enfrentado pela universidade, que já começa a comprometer serviços básicos, como a reposição de materiais essenciais — incluindo até mesmo papel higiênico.
Durante o ato, as entradas de veículos foram fechadas nos acessos da Rua Engenheiro Agronômico e da Avenida Deputado Antônio Edu Vieira. Para evitar maiores transtornos no trânsito interno, a UFSC optou por liberar as cancelas da entrada da Rua Lauro Linhares, no bairro Trindade, permitindo que veículos pudessem acessar o campus por essa via.
Apesar da movimentação, o trânsito no entorno da universidade não foi afetado. A circulação de pessoas foi garantida em todos os momentos, e o bloqueio de veículos deverá ocorrer somente às terças-feiras, de forma simbólica e pacífica.
Os estudantes pretendem apresentar suas reivindicações diretamente ao Conselho Universitário (CUn), que se reúne ainda nesta terça-feira, às 14h. A expectativa do grupo é garantir espaço para leitura de um manifesto que denuncia a precarização das condições na universidade devido à redução dos repasses financeiros.
A UFSC enfrenta sérias dificuldades para manter sua estrutura básica funcionando. Com cortes que afetam principalmente os contratos de terceirização e serviços de manutenção, a instituição já sinaliza que, se o cenário não mudar, poderá haver impacto direto em atividades acadêmicas e administrativas ainda neste semestre.
A mobilização dos estudantes em Florianópolis é reflexo do cenário nacional de crise no financiamento das universidades federais. O protesto reforça o apelo por soluções urgentes para evitar o agravamento da situação e garantir o funcionamento pleno da universidade.

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