Florianópolis, a capital do estado de Santa Catarina, foi reconhecida como uma metrópole pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), de acordo com os critérios estabelecidos pela pesquisa Regiões de Influência das Cidades de 2018 (REGIC 2018). Esse reconhecimento foi resultado de uma transformação urbana significativa que ocorreu na cidade e na região circundante entre os anos de 2007 e 2018.
Nos últimos anos, Florianópolis experimentou um crescimento notável em vários aspectos, incluindo o número de empresas, instituições públicas multilocalizadas e a atratividade para bens e serviços. A cidade viu um aumento no número de empresas, juntamente com um aumento na população. Mais de metade dos habitantes agora estão empregados, refletindo o dinamismo econômico da área.
Uma das características marcantes que contribuíram para o status de metrópole é a conurbação, um processo de integração das áreas urbanas, que foi observado em Florianópolis, juntamente com os municípios vizinhos de Biguaçu, Palhoça e São José, formando assim uma região metropolitana em crescimento. Esse fenômeno não apenas ampliou a base econômica da cidade, mas também fortaleceu seu papel como polo econômico regional.
Embora o reconhecimento de Florianópolis como metrópole traga prestígio e possa atrair mais investimentos nacionais e internacionais, também apresenta desafios importantes. A necessidade de coordenação política e institucional é vital para garantir um desenvolvimento sustentável e equilibrado. A cidade enfrenta a tarefa de estabelecer leis e regulamentos integrados para áreas como transporte coletivo, destinação de resíduos, comércio de rua, assistência social e segurança pública.
Florianópolis também lida com a responsabilidade de ser uma metrópole com a menor contribuição relativa para o Produto Interno Bruto (PIB) entre as 15 metrópoles do Brasil. No entanto, essa situação é mitigada pela descentralização econômica do estado de Santa Catarina, onde as riquezas são distribuídas de forma mais equitativa em várias cidades, reduzindo assim os bolsões de pobreza geralmente associados a grandes centros urbanos.
O desafio agora é transformar o reconhecimento formal em ações tangíveis que beneficiem tanto os residentes locais quanto a região metropolitana como um todo. Cooperação entre os municípios, coordenação entre os setores públicos e privados e investimentos em infraestrutura serão essenciais para garantir um futuro próspero e sustentável para Florianópolis como uma metrópole em ascensão.