O reitor, Irineu Manoel de Souza, e a secretária Eliane Debus, da Secretaria de Cultura, Arte e Esporte (Secarte), representaram a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) na cerimônia de entrega da obra de restauro e readequação da Fortaleza de Santo Antônio de Ratones, realizada na ultima segunda-feira, 27 de março. As obras foram realizadas pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). Em cerca de 30 dias, após a reorganização do espaço, a Fortaleza de Santo Antônio de Ratones deve ser aberta à visitação pública. Servidores da Coordenadoria das Fortalezas da Ilha de Santa Catarina (CFSIC), da Secarte, também prestigiaram o evento.
As obras incluíram a reconstrução dos rebocos à base de cal de todas as construções, reforma dos tetos e telhados, instalações de sanitários e um sistema de placas fotovoltaicas que fornecerá energia elétrica para todas os ambientes e equipamentos. Em um local construído para ser inacessível, a acessibilidade também mereceu atenção especial: uma passarela leva a um elevador de plano inclinado (funicular), que pode ser usado por cadeirantes ou pessoas com dificuldade de locomoção. No interior das instalações, painéis expográficos contam a história da fortificação.
Cerca de R$ 8 milhões foram investidos nas obras da Fortaleza de Santo Antônio de Ratones, com recursos do Fundo Nacional de Defesa de Direitos Difusos, do Ministério da Justiça e Segurança Pública, complementados por verbas de uma emenda parlamentar do senador Esperidião Amin. Essa não foi a primeira intervenção de manutenção na Fortaleza de Santo Antônio de Ratones. A UFSC é gestora dessa fortificação, bem como da Fortaleza de São José da Ponta Grossa e da Fortaleza de Santa Cruz de Anhatomirim, há 44 anos. Com o Projeto Fortalezas da Ilha de Santa Catarina – 250 anos na História Brasileira (1988-1992) as fortalezas de Ratones e Ponta Grossa foram integralmente restauradas e também adotadas pela UFSC – Anhatomirim está sob gestão da Universidade desde 1979. O projeto de então teve o apoio da Fundação Banco do Brasil, que investiu recursos da ordem de US$ 1 milhão, na época. Desde então, as três fortalezas são atrativos culturais e turísticos que recebiam cerca de 200 mil visitantes ao ano antes da pandemia da Covid-19.
Além do reitor, participaram também da solenidade o presidente do Iphan, Leandro Grass; o senador Esperidião Amin; o prefeito de Florianópolis, Topázio Neto; o diretor de patrimônio material do Iphan, Andrey Schlee; a superintendente do Iphan em Santa Catarina, Regina Helena Santiago; o superintendente do Patrimônio da União, Juliano Luiz Pinzeta, vereadores, representantes de organizações sociais, de associações de classe e da iniciativa privada.
Reitor destaca função social da Universidade
Primeiro a falar no evento, o reitor Irineu Manoel de Souza agradeceu ao trabalho do Iphan, ressaltou a participação da UFSC na administração das fortalezas através da Secarte e fez um reconhecimento público ao senador Amin pela sua iniciativa de destinar verbas para a arte e a cultura. “A universidade, além de sua missão nas áreas de ensino, pesquisa e extensão, tem essa função social, essa preocupação com a nossa memória”, disse o reitor.
A secretária de Cultura, Arte e Esporte da UFSC, Eliane Debus, valorizou a entrega de mais esse patrimônio à fruição da comunidade. “O diálogo, memória, identidade e patrimônio se expandem quando refletimos sobre a entrega da Fortaleza de Santo Antônio de Ratones à comunidade. A restauração dessa fortaleza, que se soma à de São José da Ponta Grossa, por certo se configura como uma profícua iniciativa de valorização do patrimônio cultural”.
Após os discursos, o presidente e a superintendente do Iphan em Santa Catarina entregaram ao professor Irineu o manual de conservação da fortaleza. Por fim, como gesto simbólico da inauguração do restauro, as autoridades presentes participaram do corte da fita da Casa do Comandante, uma das edificações da fortaleza. Houve também o descerramento de placa que marcou o ato de entrega da obra.
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