Com a chegada do mês de dezembro, as preparações para as festas de fim de ano ganham destaque, mas este ano os consumidores brasileiros têm um desafio a mais: os custos crescentes da ceia de Natal. A Associação Brasileira de Supermercados (Abras) alerta que, apesar de 62% dos empresários do setor acreditarem no aumento das vendas, os produtos tradicionais que compõem a mesa natalina estão mais caros.
Segundo a pesquisa da Abras, a ceia de Natal em 2023 tende a ultrapassar a inflação acumulada em 12 meses, registrando um aumento médio de 8,9% em relação ao ano anterior. A cesta natalina, composta por itens como aves natalinas, azeite, bombons, espumante, lombo, panetone, pernil, peru, sidra e tender, terá um custo estimado de R$ 321,13, comparado aos R$ 294,75 de 2022.
Diante desse cenário, a preocupação dos consumidores aumenta, pois a tradição de celebrar o Natal com uma mesa farta e diversificada pode pesar mais no bolso. O aumento nos preços dos alimentos essenciais para a ceia pode levar muitos a repensar suas escolhas e buscar alternativas mais acessíveis, como a opção por marcas mais baratas ou a substituição de alguns itens tradicionais.
A pesquisa também revela variações regionais, destacando um aumento de 4,6% nos preços na região Norte, enquanto a região Sudeste apresentou a cesta mais acessível, custando R$ 316,84.
Márcio Milan, vice-presidente da Abras, orienta os consumidores a realizarem uma pesquisa detalhada de preços antes de suas compras, pois os valores podem variar significativamente, até mesmo dentro da mesma cidade. Estratégias como aproveitar dias específicos de descontos e comparar preços entre atacadistas e supermercados podem ajudar a amenizar o impacto no orçamento.
O aumento nos custos da ceia de Natal em 2023 é um reflexo dos desafios econômicos enfrentados pelo país, mas também ressalta a resiliência e adaptabilidade dos consumidores diante das adversidades. O Natal, símbolo de união e confraternização, continua sendo celebrado, mas agora com a necessidade de equilibrar a tradição com a realidade econômica que se apresenta.