Um sonho de mais de 40 anos saindo do papel. Esse foi o principal sentimento na apresentação realizada na noite desta quarta-feira (6), na sede da Aemflo e CDL de São José, do projeto oficial da futura Beira-Mar de São José, para mais de 100 empresários e lideranças da região. A estimativa é de que até março de 2024 que todas as licenças sejam liberadas e as obras concluídas em até quatro anos.
O prefeito Orvino Coelho de Ávila, acompanhado do vice-prefeito Michel Schlemper, o presidente da Aemflo e CDL de São José, Gilberto Rech, secretários municipais e vereadores josefeneses receberam das mãos do proprietário e engenheiro da Prosul, Wilfredo Brillinger, o projeto oficial. O projeto foi iniciado em 2021, com estudos de impacto ambiental, entrevistas de impacto socioeconômico e estrutural na região que será afetada.
Orvino anunciou durante a reunião que ainda haverá mais duas apresentações do projeto para população de Barreiros, em data ainda ser agendada, e que o Instituto do Meio Ambiente (IMA), que está analisando os projetos de impacto ambiental antes de liberar a Licencia Ambiental Prévia (LAP) também promoverá duas audiências públicas. O IMA está analisando os projetos em conjunto das obras que serão realizadas por Florianópolis e as de São José.
No total, a futura Avenida Beira-Mar de Barreiros terá uma extensão de 8,250 km e visa fazer a ligação entre a Beira-Mar Continental de Florianópolis a BR-101. A parte que cabe a São José terá a extensão de 3,750 quilômetros. A obra toda está orçada em R$ 509 milhões: R$ 244 milhões de São José e R$ 265 milhões de Florianópolis. O projeto de São José contempla a implantação da via, no limite com Florianópolis, no Rio Büchler, até a ligação com a BR-101, no Rio Três Henriques, em Barreiros, em São José.
A Câmara de Vereadores aprovou no mês passado e o prefeito sancionou na semana passada o projeto autorizativo para que o Executivo possa contratar a operação de crédito Internacional junto ao Fundo Financeiro para o Desenvolvimento da Bacia do Prata (Fonplata), com a garantia da União, para construção da obra. Segundo o prefeito Orvino Coelho de Ávila ficar no trânsito custa a saúde do cidadão. “Custa o seu tempo, o dinheiro e a sua saúde”. Segundo ele São José é o coração da região metropolitana. “Para entrar ou sair de Florianópolis precisa passar por São José”.
Segundo o presidente da Aemflo e CDL de São José, Gilberto Rech, a obra é uma antiga reivindicação dos empresários e há quase 40 anos é esperada pela entidade. “A mobilidade da nossa região depende desta obra. A obra vai melhorar a acessibilidade de toda a região e a melhora do sistema viário”.
O projeto prevê pistas de rolamento, passeios, 8 quilômetros de ciclovias, área de lazer e bolsões de estacionamentos. A obra é considerada prioritária, visando aprimorar a mobilidade urbana e oferecer espaços de convivência para a população de São José e o desenvolvimento econômico e social da região.
Foi destacado também o impacto socioeconômico da obra em Barreiros. O prefeito diz que o bairro, que atualmente está de costas para o mar, terá uma nova realidade, favorecendo todo o desenvolvimento econômico na região. “Só com o anúncio da obra, os imóveis já começaram a serem valorizados”.
Segundo o prefeito Orvino Coelho de Ávila ficar no trânsito custa a saúde do cidadão. “Custa o seu tempo, o dinheiro e a sua saúde”. Ele lembra que São José é o coração da região metropolitana. “Para entrar ou sair de Florianópolis precisa passar por São José”.
Pelo projeto, na Avenida Beira-Mar de Barreiros deverá haverá uma área de lazer de 28 mil m² e mais pequenas áreas de lazer ao longo da via; 5 salas multiuso (40 m² cada) destinadas ao ensino de educação ambiental, informática, culinária, artesanato, dança, dentre outros. Sala de 200 m² para reuniões, festividades e comemorações, concha Acústica de 150 m² para apresentações, espaço cultural, área de lazer e academia para 3ª idade, além de pista de skate, quiosques e equipamentos.
O engenheiro do Prosul, Robson Sebastiany, empresa responsável pelo Projeto, explicou sobre o estudo de Tráfego realizado pela empresa. “O estudo prevê que em 2026 serão mais de 32,2 mil veículos por dia. Já em 2035 serão mais de 37,2 mil veículos na região. A obra já prevê este crescimento”.
Um dos problemas relatados pela Prosul é a questão do solo na região. “O solo precisa ser bem tratado para não haver rompimentos”. O estudo hidrodinâmico também foi realizado levando em consideração inundações, cheias, marés. Está previsto uma grande rede de drenagem. Para 2 milhões de metros cúbicos para a terraplanagem.
Kalinka Laitano, oceanógrafa e engenheira ambiental da Prosul, apresentou a parte ambiental do projeto. “O estudo levou mais de um ano para ser elaborado e tem mais de 1 mil páginas. É um estudo bem elaborado. Foram realizadas entrevistas com moradores, estudos considerando condições meteorológicas, geologia, geomorfologia, geolecria e pedalogia, recursos hídricos superficiais e subterrâneos. Também foram realizadas pesquisas sobre a qualidade do ar, qualidade de água, ruídos, ruídos subaquáticos e vibrações”. Foram coletadas mais de 40 amostras no mar. Além dos estudos da fauna e da flora.
Durante todo o período das obras, haverá programas ambientais na região, com monitoramento da fauna e da flora, além de compensações ambientais necessárias. O presidente do Conselho Deliberativo da Aemflo e CDL de São José, João Moacir Will, ressalta a importância da obra para a cidade e região. “Precisamos de obras importantes como essa para dar vazão ao crescimento da nossa região. São mais de 1,5 milhão de pessoas circulando diariamente”.