Segue em ritmo acelerado as obras de revitalização da histórica Usina Maruim, inaugurada em 1910, em São José. Iniciados em março de 2023, os trabalhos estão com 70% de conclusão e a reinauguração deve ocorrer entre março e abril deste ano, segundo a área de Engenharia e Projetos da Celesc Geração.
As tubulações e as turbinas já estão posicionadas, aguardando a chegada dos geradores para término das montagens. E a estrutura do telhado foi completamente restaurada, mantendo as características originais da edificação. Com investimentos de R$ 9 milhões, oriundos da própria Celesc, a unidade voltará a gerar energia elétrica 52 anos após o encerramento de suas atividades, em 1972.
O prefeito Orvino Coelho de Ávila destaca a importância da reativação da usina e sua relevância para o turismo de São José. “Quando vemos as condições que está e o que se mantém de pé, a gente entende que quando uma coisa é bem-feita, ela dura para sempre. E recuperá-la será um marco para o Município, ela voltar a funcionar depois de 52 anos. Depois de concluída, ela passará a fazer parte da rota turística e cultural de São José, pois ela será uma usina parque. Para uma cidade com cerca de 300 mil habitantes, temos que ter atrativos para a população. Por isso é tão importante transformar o local não só em geração de energia novamente, mas também em mais um ponto de atração turística, cultural e histórica na nossa cidade”.
O diretor de Geração, Transmissão e Novos Negócios da Celesc, Elói Hoffelder, reforça a importância material e simbólica da reativação da Usina Maruim. “A reinauguração desta usina será um momento histórico, que reforça o compromisso da Celesc não só com a entrega de energia de qualidade, mas com a preservação do patrimônio histórico. Além de promover maior aproximação da companhia com a comunidade”, diz. “Do ponto de vista energético, a usina vai trazer geração de energia limpa, de qualidade e com baixo impacto ambiental”, completa.
Histórico
Inaugurada em 1910, a Usina Maruim foi construída para atender a iluminação das ruas e os principais prédios públicos de Florianópolis, além das cidades de São José e Biguaçu. Após 40 anos, a segunda usina mais antiga do Estado já não supria a demanda energética da capital e passou a alimentar apenas as duas cidades vizinhas.
Sua desativação ocorreu em 14 de dezembro de 1972. Em 2005, o prédio foi tombado como Patrimônio Histórico, Cultural e Natural do Município.
A reativação da usina integra uma série de investimentos da Celesc na sua capacidade de geração, adicionando 1 MW ao parque gerador da Companhia, suficiente para atender a cerca de 2 mil unidades consumidoras.