A Operação Presságio, iniciada em janeiro de 2024 em Florianópolis, revela novos desdobramentos. Os ex-secretários municipais Ed Pereira e Fábio Braga foram considerados “supostos membros de organização criminosa” pelo juiz da Vara do Crime Organizado da Grande Florianópolis. O afastamento deles e de Samantha Brose, esposa de Ed, foi prorrogado.
Investigações da Polícia Civil apontam crimes ambientais, corrupção e lavagem de dinheiro cometidos pelos envolvidos, incluindo colaboração com o setor privado. Transcrições de áudios sugerem que metade da verba destinada a eventos da Secretaria de Turismo, liderada por Ed Pereira, era desviada para interesses pessoais.
Em uma conversa, Renê Justino, diretor de projetos da Fundação Franklin Cascaes, menciona que Ed Pereira precisava de 60 a 70 mil reais, indicando um possível direcionamento de recursos. Outras mensagens indicam solicitação de notas fiscais frias e manipulação financeira, além de preocupações em evitar rastros das atividades criminosas.
A investigação aponta um esquema mais amplo, envolvendo outros secretários municipais e até vereadores. O relatório da Polícia Civil caracteriza o esquema como um “assalto aos cofres públicos”, resultando em enriquecimento ilícito dos envolvidos.
A defesa dos acusados destaca que o material apreendido está em análise preliminar e contesta as acusações, alegando a falta de evidências concretas. Os pedidos de afastamento envolvem Edmilson Carlos Pereira Junior, ex-secretário de Turismo, Cultura e Esporte, e Fábio Gomes Braga, ex-secretário do Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano.
Os advogados de Ed Pereira e Samantha Brose afirmam que as acusações são infundadas e que, no momento oportuno, tudo será esclarecido para demonstrar a inocência dos seus clientes. Fábio Braga, por sua vez, nega qualquer envolvimento com os investigados, contestando as alegações que surgiram durante a Operação Presságio.
Renê Raul Justino, diretor de projetos da Fundação Franklin Cascaes, cujo áudio foi transcrito na investigação, contesta o pedido de prorrogação do afastamento dos investigados, argumentando que a defesa teve acesso apenas recentemente às supostas conversas mencionadas pelo Ministério Público.
Até o momento, a defesa alega que não há evidências concretas para uma manifestação segura sobre o caso e aguarda a apresentação oficial das conversas por meio de laudos técnicos.
Os pedidos de afastamento dos ex-secretários e da esposa de Ed foram estendidos pela decisão judicial, enquanto a Operação Presságio continua a desvendar os detalhes desse complexo esquema envolvendo desvio de recursos públicos em Florianópolis.
Além disso, as investigações da Operação Presságio, conduzida pela Polícia Civil em Florianópolis, revela que o esquema usou pessoas em situação de rua para operar um estacionamento ilegal durante a Fenaostra de 2023. Mensagens obtidas nos celulares dos investigados apontam que o grupo, liderado por Ed Pereira e Renê Raul Justino, explorava diversas oportunidades para obter recursos.
A fraude no estacionamento foi identificada durante conversas entre Ed Pereira e Renê Justino em novembro de 2023. A polícia descobriu que pessoas em situação de rua eram utilizadas para controlar o acesso e cobrar por vagas em um estacionamento clandestino em áreas públicas. Os diálogos indicam que a Polícia Militar questionou a cobrança por máquinas particulares, e medidas foram tomadas para evitar investigações.
O mais surpreendente foi o uso de moradores de rua no controle do estacionamento clandestino. Ed Pereira e Renê Justino discutiram sobre a eficácia e o risco envolvido nessa prática. A polícia destaca que a conversa é autoexplicativa, afirmando que o controle de acesso e a cobrança eram realizados por essas pessoas, e os valores eram coletados por meio de terminais de cartões de crédito vinculados à organização criminosa.
A Polícia Civil afirma que não foi possível confirmar a titularidade dos terminais, mas sugere vínculo com Renê Raul Justino. O juiz da Vara do Crime Organizado da Grande Florianópolis, Elleston Lissandro Canali, definiu Ed Pereira e Fábio Braga como “supostos membros de organização criminosa”, prorrogando o afastamento deles e de Samantha Brose de cargos públicos. O esquema, segundo a investigação, demonstra a falta de limites do grupo criminoso para desviar dinheiro público e obter vantagens indevidas.
Os diálogos interceptados e a utilização de pessoas em situação de rua no esquema do estacionamento da Fenaostra evidenciam, segundo a Polícia Civil, a audácia do grupo em buscar meios ilícitos para obtenção de recursos. Além disso, a análise das mensagens reforça a existência de uma suposta organização criminosa enraizada na Secretaria Municipal de Turismo, Cultura e Esporte, liderada por Ed Pereira.
O juiz Elleston Lissandro Canali, ao definir Ed Pereira e Fábio Braga como “supostos membros de organização criminosa”, prorrogou o afastamento deles e de Samantha Brose de cargos públicos. A Operação Presságio, que investiga crimes ambientais, corrupção e lavagem de dinheiro, revela uma trama complexa envolvendo diversos setores da administração municipal.
A utilização de pessoas em situação de rua no esquema do estacionamento clandestino ressalta a falta de escrúpulos do grupo, que, conforme as investigações, não hesitava em explorar vulnerabilidades para benefício próprio. O desdobramento desse caso aponta para uma trama mais ampla, revelando a audácia e a sofisticação do esquema criminoso em desvio de dinheiro público e obtenção de vantagens indevidas.
O juiz da Vara do Crime Organizado da Grande Florianópolis, Elleston Lissandro Canali, emitiu uma decisão nesta segunda-feira (19) afirmando que os ex-secretários municipais de Florianópolis, Ed Pereira e Fábio Braga, são considerados “supostos membros de organização criminosa”. A decisão também determina o afastamento deles e de Samantha Brose até que o Ministério Público forme uma opinião completa após a investigação.
A Operação Presságio, deflagrada em janeiro, investiga crimes ambientais, corrupção e lavagem de dinheiro envolvendo os ex-secretários e Samantha Brose, em parceria com indivíduos do setor privado. A decisão do juiz se baseia na análise preliminar do aparelho celular apreendido de Renê Raul Justino, indicando a existência de uma suposta organização criminosa enraizada na Secretaria Municipal de Turismo, Cultura e Esporte.
A apuração concentra-se no contrato entre a prefeitura de Florianópolis e a empresa Amazon Fort, contratada emergencialmente para coleta de lixo em 2021. A operação resultou no cumprimento de 24 mandados de busca e apreensão nas cidades de Florianópolis, Brasília e Porto Velho (RO).
Os ex-secretários são acusados de crimes como poluição, fraude à licitação, corrupção passiva e ativa, associação criminosa e lavagem de dinheiro. A defesa de Fábio Braga contesta as acusações, alegando que ele assumiu o cargo após a contratação da empresa mencionada no inquérito e que solicitou processos licitatórios. Ainda, destaca que as contratações foram autorizadas pelo comitê gestor da prefeitura, e a fiscalização sempre foi realizada por funcionários de carreira da Comcap.
O desdobramento da Operação Presságio revela uma trama complexa envolvendo setores municipais, evidenciando a audácia do grupo em buscar meios ilícitos para obtenção de recursos públicos. O afastamento dos ex-secretários e de Samantha Brose ressalta a gravidade das suspeitas e a necessidade de uma investigação aprofundada.
A Operação Presságio investiga diversos crimes, incluindo:
- Crime ambiental de poluição: A investigação começou em 2021 devido a um crime ambiental de poluição envolvendo a empresa Amazon Fort em um terreno próximo à passarela Nego Quirido.
- Fraude à licitação: A Polícia Civil encontrou indícios de ilegalidades em contratos públicos, incluindo possíveis fraudes em processos licitatórios.
- Corrupção passiva e corrupção ativa: Há suspeitas de envolvimento de empresários, secretários municipais de Florianópolis e servidores públicos em esquemas de corrupção.
- Associação criminosa: A investigação aponta para a existência de uma suposta organização criminosa enraizada na Secretaria Municipal de Turismo, Cultura e Esporte, com a participação ativa de servidores de outras secretarias.
- Lavagem de dinheiro: A Operação Presságio revelou indícios de lavagem de dinheiro em contratos públicos e repasses financeiros envolvendo empresas, organizações e indivíduos investigados.
Os citados na operação, incluindo Ed Pereira, Samantha Brose, Fábio Braga e Renê Raul Justino, apresentam defesas contestando as acusações. Ed Pereira e Samantha Brose afirmam que o material apreendido ainda está em análise preliminar, e a defesa está confiante de que provará a inocência. Fábio Braga nega qualquer envolvimento e destaca que solicitou processos licitatórios. Renê Raul Justino contesta a prorrogação do afastamento, alegando falta de evidências concretas até o momento.