Os servidores técnicos-administrativos em educação (TAEs) do Hospital Universitário (HU) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), em Florianópolis, entraram em greve em busca de reajustes salariais. A paralisação, que já dura pelo menos dez dias, tem afetado significativamente o funcionamento do hospital, impactando diretamente a população que busca atendimento no local.
Atualmente, apenas os exames para pacientes oncológicos estão sendo realizados, juntamente com as sessões de quimioterapia. Exames comuns, como os de sangue e urina, não estão sendo feitos, o que representa uma média de 100 procedimentos diários que deixaram de ser realizados.
Além disso, a greve também tem causado a falta de atendimento em cinco leitos da maternidade do hospital. Esta situação tem levado a filas na emergência, aumentando o tempo de espera para aqueles que necessitam de cuidados médicos urgentes.
O Sindicato dos Trabalhadores em Saúde de Santa Catarina (Sindsaúde/SC) justifica a paralisação como parte de uma mobilização nacional pela valorização profissional, reestruturação de carreira, reposição salarial e defesa dos serviços públicos federais. Segundo o sindicato, os salários dos TAEs estão defasados, acumulando cerca de 70% de perdas salariais ao longo de nove anos. O governo propôs reajuste zero para 2024, sem avanços em relação às demais demandas da categoria.
O HU-UFSC, por sua vez, lamenta os impactos da greve nos serviços oferecidos à população. Além da redução na realização de exames, a paralisação também tem afetado a capacidade de atendimento na maternidade, além de agravar a demora no atendimento de emergência.
Diante desse cenário, o Sindsaúde/SC afirma que está buscando diálogo com a Comissão de Interlocução da Reitoria para tratar dos impactos e dos serviços essenciais, visando uma solução que atenda às demandas dos trabalhadores sem prejudicar o atendimento à população.