Os trabalhos de ampliação da faixa de areia da praia de Jurerê, em Florianópolis, chegaram à parte Tradicional nesta semana, depois de 2,1 quilômetros de alargamento no lado internacional, concluídos em apenas três semanas. Neste novo trecho, o engordamento começou em frente à Associação de Pessoal da CAIXA em Santa Catarina e vão seguir em direção a Jurerê Internacional (à oeste).
Para Jurerê Internacional ser totalmente alargada faltam apenas 60 metros, o que vai ocorrer ao final deste penúltimo trecho das obras. Também vale destacar que, a partir de agora, embora falte aumentar a faixa de areia de somente 1,28 dos 3,38 quilômetros de extensão do balneário, o trabalho vai demandar mais tempo.
Finalizando o engordamento de Jurerê Internacional, a obra partirá para o seu último trecho, voltando-se em definitivo à direção leste até aproximadamente uns 50 metros do costão de Jurerê Tradicional que faz divisa com Canajurê, que não será alargado por conta do Rio das Ostras.
“Essa obra em parceria com a Prefeitura de Florianópolis vai dar uma cara nova para esse trecho entre Jurerê e Canasveiras. Essa região é muito procurada no verão e necessitava dessa ampliação na faixa de areia. Estamos falando de insfraestrutura que resulta em mais turistas visitando o local, melhorando o turismo e a economia para a região e para o estado como um todo”, destacou o secretário de Estado da Infraestrutura e Mobilidade, Jerry Comper.
As obras contam com as devidas licenças ambientais provisória e de instalação do Instituto do Meio Ambiente de Santa Catarina (IMA), e autorizações da Secretaria de Patrimônio da União (SPU) e do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN). Elas representam um investimento de R$ 24,79 milhões, sendo que metade desse valor será pago pelo governo do Estado.
A obra em Jurerê
O alargamento da praia de Jurerê, iniciado no dia 26 de janeiro, será o maior já feito em Florianópolis. É que o aumento da faixa de areia vai abranger os seus 3,38 quilômetros, tanto a parte Internacional quanto Tradicional. A expectativa é a de que as obras recuperem a orla da praia – para que tenha faixa de 40 metros que se estabilize em 30 metros após a conformação natural pela maré – e contenham a erosão marítima. Apenas um pequeno trecho de cerca de 50 metros próximo ao costão que faz divisa com Canajurê não será alargado por conta do Rio das Ostras.
A dragagem corresponde à escavação de areia do fundo do mar com o auxílio de um tipo especial de embarcação, no caso, a draga autotransportada de arrasto (tipo Hopper) holandesa Lesse. Ela é resistente às intempéries, o que significa dizer que atua mesmo em dias de chuva. Ao todo, deve ser dragado um volume de 491,22 mil metros cúbicos de areia com a mesma coloração e granulatura (dimensão) da que perfaz a praia, retirado de jazida submarina de até 2,5 metros de profundidade localizada a 1.350 metros de distância da orla.
Esse trabalho pode acontecer 24 horas por dia. Ele funciona assim: após extrair o material, a draga é deslocada até 200 metros da orla – essa distância evita que ela encalhe na areia da praia em si – para ser acoplada a uma tubulação de 450 metros. Mas só a parte da tubulação que flutua sobre a água é que fica posicionada perpendicularmente à praia; o restante da tubulação fica “em terra”, em paralelo à faixa de areia que está sendo alargada. Efetuado o acoplamento, a draga bombeia a areia para transportá-la pela tubulação até o balneário e, na sequência, ela é espalhada por tratores. Sendo que esse processo será repetido quantas vezes forem necessárias até a conclusão da obra.