O domingo foi marcado por emoção e homenagens em Antônio Carlos, na Grande Florianópolis. Familiares, amigos e colegas de farda se reuniram para a despedida de Tainá Pauli, bombeira militar que perdeu a vida após um acidente durante um curso de mergulho. O velório aconteceu no ginásio de esportes Verde Vale, seguido por uma missa de corpo presente e o sepultamento no cemitério municipal.
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Tainá completaria 29 anos nesta segunda-feira (31), mas sua vida foi interrompida de forma trágica durante um treinamento de mergulho no Rio Itajaí-Açu, no dia 19 de março. Durante a atividade, ela mergulhou e não retornou à superfície. O resgate foi feito, mas, devido ao tempo submersa, ela foi retirada da água com afogamento grau 6, o mais grave na escala. Esse estágio é caracterizado por parada cardiorrespiratória e a ausência de sinais vitais, exigindo manobras imediatas de reanimação.
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Mesmo com todos os esforços médicos, Tainá permaneceu dez dias na UTI em estado crítico e faleceu na sexta-feira (28). Em um gesto de solidariedade, sua família autorizou a doação de seus órgãos, proporcionando uma nova chance de vida para outras pessoas.
O que se sabe sobre a tragédia?
Até o momento, as causas exatas do acidente ainda não foram esclarecidas. O Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina e a família preferiram não se pronunciar sobre os detalhes.
O curso de mergulho autônomo, do qual Tainá participava, é uma das formações mais exigentes do Corpo de Bombeiros. A preparação envolve técnicas de busca e resgate em águas profundas, exigindo alto condicionamento físico e mental. Bombeiros mergulhadores lidam com desafios como baixa visibilidade, correntes fortes e condições extremas durante os treinamentos.
Se tivesse concluído o curso, Tainá seria a primeira mulher do batalhão de Chapecó a se tornar mergulhadora autônoma, abrindo caminho para outras profissionais na área.
Homenagens e despedida emocionam Antônio Carlos
Durante o velório, o ginásio de esportes Verde Vale ficou lotado. Amigos e colegas de corporação se reuniram para prestar suas últimas homenagens. O 6º BBM (Batalhão de Bombeiros Militar) de Chapecó realizou uma cerimônia especial, soltando 29 balões em homenagem ao aniversário que Tainá não chegou a completar.
A coragem e dedicação de Tainá foram lembradas por familiares e amigos. Ela ingressou na corporação após atuar como enfermeira, movida pelo desejo de ajudar o próximo. Seu legado de amor ao próximo continua através do último gesto solidário de sua família: a doação de órgãos.
O governo do estado decretou luto oficial por três dias, reconhecendo a importância de sua história e o impacto da tragédia que comoveu toda Santa Catarina.
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