O simulador de aposentadoria do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) é uma ferramenta útil para quem está prestes a adquirir o benefício. Disponível no site e no aplicativo do INSS, ele permite calcular quanto tempo falta para o segurado atingir os requisitos de aposentadoria e, em alguns casos, até simular o valor do benefício. No entanto, para garantir resultados precisos, é essencial estar atento a algumas condições.
Como funciona o simulador?
O sistema realiza até sete cálculos diferentes, considerando as diversas regras de previdência em vigor. Ele calcula tanto o tempo restante para atingir a idade mínima quanto as contribuições necessárias. Além disso, para quem está a até cinco anos de se aposentar, a ferramenta também estima o valor do benefício.
Apesar de sua funcionalidade, o simulador pode apresentar erros se as informações no Cadastro Nacional de Informações Sociais (CNIS) estiverem desatualizadas ou incompletas. Isso pode prejudicar a precisão dos cálculos, especialmente para grupos que possuem regras diferenciadas de aposentadoria.
Erros mais comuns e como corrigi-los
- Vínculos de trabalho abertos
Um dos problemas mais frequentes é a falta de registro da data de saída de empregos anteriores. Isso faz com que o sistema não contabilize corretamente o tempo de contribuição.
Solução: Atualize manualmente essas informações no sistema, clicando no ícone de edição (em formato de lápis). Caso os salários ou períodos de trabalho estejam errados, é possível corrigi-los. Também é importante incluir contribuições autônomas ou vínculos temporários que não foram computados.
- Ausência de recolhimento do INSS pela empresa
Em alguns casos, o empregador não recolheu corretamente as contribuições previdenciárias. Mesmo que o vínculo esteja registrado na carteira de trabalho, ele pode não constar no CNIS.
Solução: Insira manualmente o vínculo no simulador. Para o pedido oficial de aposentadoria, será necessário apresentar a carteira de trabalho como prova.
- Vínculos antigos ou especiais
Períodos de trabalho anteriores a 1976, ano de implantação do CNIS, podem não estar registrados no sistema. Além disso, o simulador não contempla regras diferenciadas para professores, pessoas com deficiência ou trabalhadores expostos a agentes nocivos.
Solução: Resgate documentos como carteiras de trabalho, holerites, termos de rescisão de contrato e Perfis Profissiográficos Previdenciários (PPP) para comprovar esses vínculos. Nessas situações, recomenda-se consultar um advogado especialista.
Dicas para evitar problemas
- Atualize o CNIS regularmente: Verifique se os dados de vínculos de trabalho, salários e contribuições estão corretos no site ou aplicativo do INSS.
- Tenha todos os documentos em mãos: Apresente a carteira de trabalho completa e qualquer documento que comprove condições especiais.
- Consulte especialistas: Um advogado previdenciário pode ajudar a identificar e corrigir inconsistências no cadastro.
Atenção para categorias especiais
Para professores, pessoas com deficiência ou trabalhadores em condições insalubres, é imprescindível se informar sobre as regras específicas de aposentadoria. O simulador do INSS não realiza cálculos automáticos para esses casos, pois eles dependem de documentação comprobatória e regras diferenciadas.
Prepare-se para o pedido oficial
O simulador é uma excelente ferramenta para planejamento, mas não substitui a preparação necessária para o pedido oficial de aposentadoria. Ao reunir todos os documentos e atualizar suas informações no CNIS, você aumenta suas chances de obter um cálculo correto e evitar imprevistos no processo.
Com essas orientações, fica mais fácil planejar o futuro e aproveitar ao máximo os benefícios da aposentadoria.
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