Após ser indiciado pela Polícia Federal (PF) por tentativa de golpe de Estado, o ex-presidente Jair Bolsonaro utilizou suas redes sociais para divulgar trechos de uma entrevista concedida ao portal Metrópoles. Bolsonaro afirmou que aguardará a orientação de seus advogados antes de comentar formalmente o indiciamento.
Críticas ao STF e à condução do inquérito
Bolsonaro direcionou duras críticas ao ministro Alexandre de Moraes, relator do processo no Supremo Tribunal Federal (STF). Segundo o ex-presidente, o ministro conduz o inquérito de forma “arbitrária” e “fora da lei”. “Ajusta depoimentos, prende sem denúncia e faz pesca probatória. Moraes faz tudo o que não diz a lei”, declarou Bolsonaro.
Indiciamento e lista de envolvidos
O ex-presidente é um dos 37 nomes indiciados pela PF sob acusações de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, tentativa de golpe de Estado e organização criminosa. Entre os indiciados estão nomes de destaque de seu governo e aliados próximos:
- Almir Garnier Santos: ex-comandante da Marinha
- Alexandre Ramagem: ex-diretor da Abin
- Anderson Torres: ex-ministro da Justiça
- Augusto Heleno: ex-ministro do GSI
- Mauro Cid: tenente-coronel do Exército
- Valdemar Costa Neto: presidente do PL
- Walter Souza Braga Netto: ex-ministro da Casa Civil e da Defesa
O relatório final da PF foi encaminhado ao STF para análise.
Operação paralela da PF
Além do indiciamento, a PF realizou uma operação para prender integrantes de uma organização criminosa suspeita de planejar assassinatos contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro Alexandre de Moraes. As ações seguem como parte de uma ampla investigação que mira grupos envolvidos em atos antidemocráticos.