O Brasil teve um salto significativo no número de bilionários e no crescimento de suas fortunas em 2024. Com 60 bilionários, 19 a mais do que no ano anterior, o país viu a riqueza total desse seleto grupo alcançar US$ 154,9 bilhões, um crescimento de 37,7% em relação a 2023. Esse aumento é o mais expressivo entre os países das Américas.
Do total de novos bilionários, 35% são empreendedores que construíram suas fortunas, enquanto a maioria herdou patrimônio de famílias consolidadas. Setores estratégicos como agronegócio, bens de consumo e energia foram determinantes para o avanço, impulsionados por preços elevados no mercado internacional e uma demanda constante por exportações.
O desempenho do Brasil também foi destacado em energias renováveis, como o etanol e a energia eólica, áreas que atraíram investimentos em um cenário global de transição energética. Apesar do crescimento expressivo, o Brasil permanece em quarto lugar no ranking das fortunas nas Américas, atrás dos Estados Unidos, Canadá e México.
Os Estados Unidos continuam liderando o número de bilionários, com 835 em 2024, enquanto o Brasil registrou o maior avanço proporcional no número de novos bilionários, 33% a mais em um ano. A riqueza acumulada pelos bilionários brasileiros representa quase 40% de crescimento em 12 meses, superando países como Canadá e México.
Entre os bilionários brasileiros, Eduardo Saverin, cofundador do Facebook, lidera o ranking com uma fortuna estimada em R$ 155,97 bilhões. O avanço da inteligência artificial impulsionou as ações da Meta, empresa que controla o Facebook, Instagram e WhatsApp, o que contribuiu para esse crescimento. Saverin foi seguido por Vicky Safra e família, com R$ 110,17 bilhões, e Jorge Paulo Lemann, com R$ 91,81 bilhões.
Outros destaques da lista incluem Marcel Herrmann Telles e Carlos Sicupira, ambos sócios de Lemann na AB Inbev e no 3G Capital, e Miguel Gellert Krigsner, fundador de O Boticário, que completa o ranking dos dez maiores bilionários brasileiros.
Apesar dos números impressionantes, especialistas apontam que o Brasil ainda precisa de reformas estruturais para consolidar um crescimento sustentável no longo prazo. Diversificação econômica, estímulo à inovação e um ambiente regulatório mais favorável são considerados essenciais para que o país continue avançando e ganhe posições no ranking global de bilionários.
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