O horário de verão pode voltar a ser adotado no Brasil. O Ministério de Minas e Energia (MME) está analisando essa possibilidade como uma medida para melhor aproveitar a luz natural, economizando energia elétrica no país. Alexandre Silveira, ministro de Minas e Energia, afirmou que o retorno do horário de verão é uma “possibilidade real”, mas destacou que a decisão não será tomada de forma precipitada devido aos seus impactos não apenas energéticos, mas também econômicos e sociais.
O horário de verão, que foi suspenso em 2019, consiste em adiantar os relógios em uma hora durante os meses de maior luminosidade. Isso permite uma redução no consumo de energia elétrica durante o período da tarde e início da noite, quando a demanda costuma ser maior. A medida impactava diretamente na redução do uso das usinas termelétricas, que são mais caras e poluentes, além de beneficiar setores econômicos como o turismo, bares e restaurantes.
O ministro ressaltou que já solicitou ao Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) e à Secretaria Nacional de Energia Elétrica uma reunião com o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) para discutir o plano de contingência para o verão de 2024/2025 e o planejamento energético do próximo ano. A ideia é avaliar todos os aspectos da decisão, incluindo as condições das usinas termelétricas e outras fontes de energia, como as que utilizam combustíveis fósseis.
Alexandre Silveira destacou que o aumento na demanda de energia elétrica, devido às altas temperaturas e ao uso de aparelhos como ar-condicionado, reforça a necessidade de buscar soluções que equilibrem a oferta de energia com o menor impacto ambiental possível. Ele acredita que o futuro do setor energético está na adoção de uma “economia verde”, que combine desenvolvimento econômico com respeito ao meio ambiente e que possa reduzir a desigualdade social no Brasil.
O horário de verão já foi adotado por muitos anos no Brasil, desde a sua criação em 1931, até a sua suspensão em 2019. Antes de ser extinto, o horário de verão vigorava de outubro a fevereiro, nos estados do Sul, Sudeste e Centro-Oeste, enquanto as regiões Norte e Nordeste ficavam de fora, devido à menor diferença na luminosidade.
O Ministério de Minas e Energia segue avaliando a viabilidade do retorno do horário de verão, considerando não apenas a economia de energia, mas também outros fatores, como a geração de energia renovável e os impactos econômicos e sociais dessa decisão para todos os brasileiros.
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