Entre 2019 e 2022, o câncer de bexiga causou mais de 19 mil mortes no Brasil. Esse tipo de tumor, um dos mais comuns entre os homens, continua sendo um problema de saúde significativo, com 110 mil casos registrados no país nesse período. O tabagismo é o principal fator de risco, contribuindo para mais da metade dos casos.
Julho: Mês de Conscientização
Julho é dedicado à conscientização sobre o câncer de bexiga. A Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) intensifica os esforços para educar a população sobre a importância da detecção precoce e dos fatores de risco. Campanhas nas redes sociais, incluindo vídeos e lives com especialistas, visam informar o público sobre os sintomas e a prevenção dessa doença.
Estatísticas Alarmantes
O Instituto Nacional de Câncer (Inca) estima que em 2024 serão diagnosticados 11.370 novos casos de câncer de bexiga no Brasil, sendo 7.870 em homens e 3.500 em mulheres. Isso corresponde a um risco de 7,45 novos casos a cada 100 mil homens e 3,14 a cada 100 mil mulheres. Este tipo de câncer é o sétimo mais incidente entre os homens, representando mais de 3% dos cânceres masculinos.
Sintomas e Diagnóstico
O câncer de bexiga pode passar despercebido no início, mas o sintoma mais comum é a presença de sangue na urina, que ocorre em cerca de 80% dos pacientes. Outros sinais incluem aumento da frequência urinária, urgência para urinar e dor ao urinar. O diagnóstico pode ser feito através de exames de urina, ultrassom, tomografia, e cistoscopia, que permite a visualização direta da bexiga e a coleta de amostras para biópsia.
Fatores de Risco
Além do tabagismo, a exposição a substâncias químicas, como as presentes em tintas industriais e defensivos agrícolas, e o uso de certos medicamentos, como a pioglitazona, aumentam o risco de desenvolver câncer de bexiga. A doença também é mais comum em homens brancos, em pessoas de idade avançada e naqueles com histórico familiar da doença.
Tratamento e Prevenção
O tratamento do câncer de bexiga varia de acordo com o estágio da doença e pode incluir cirurgia, quimioterapia e radioterapia. As cirurgias podem ser minimamente invasivas, como a ressecção transuretral, ou mais radicais, como a cistectomia completa. Em lesões iniciais, a vacina BCG ou quimioterápicos podem ser administrados na bexiga para prevenir a recidiva.
Impacto e Necessidade de Ação
Com um número significativo de mortes e novos casos a cada ano, é fundamental aumentar a conscientização e promover a detecção precoce do câncer de bexiga. Campanhas de educação e medidas preventivas, como a cessação do tabagismo e a redução da exposição a substâncias químicas, são essenciais para combater essa doença. A colaboração entre profissionais de saúde, governo e a sociedade é crucial para reduzir a incidência e a mortalidade associadas ao câncer de bexiga no Brasil.
Esta conscientização contínua é vital para que a população entenda os riscos e sintomas do câncer de bexiga, permitindo diagnósticos mais precoces e melhores resultados no tratamento.
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