Nesta segunda-feira (15), o Ministério Público de Santa Catarina anunciou a abertura de um inquérito civil para apurar a crescente incidência de violência contra pessoas em situação de rua em Florianópolis. O promotor de Justiça, Daniel Paladino, liderará o inquérito, agendando uma reunião abrangente com órgãos públicos, sociedade civil e movimentos para os primeiros dias de fevereiro.
A medida surge em resposta a pelo menos três incidentes recentes de violência contra essa parcela da população na capital catarinense. O caso mais recente envolve o espancamento de Thainá Dalmagro na última semana, somando-se a um homicídio ocorrido em dezembro e o assassinato de um adolescente em novembro, ambos relacionados a pessoas em situação de rua.
A discussão sobre essa problemática transcende a simples questão de dar esmolas, abordando temas mais amplos, como segurança, drogadição, alcoolismo e reinserção social. O promotor destaca a urgência da situação, observando que a demanda cresce, enquanto os serviços e recursos não conseguem acompanhar o problema.
A Prefeitura de Florianópolis está ciente da urgência da questão e está implementando medidas para enfrentar a situação. O Centro de Permanência Dia, planejado para iniciar operações após o Carnaval, visa oferecer assistência e estimular a saída das ruas.
O prefeito Topázio Neto destaca a abordagem inovadora da cidade, buscando acolher e incentivar a reintegração de pessoas em situação de rua à sociedade. Ele estabeleceu metas ambiciosas, visando retirar pelo menos 150 pessoas das ruas, oferecendo capacitação e emprego em diversas áreas.
Apesar das iniciativas, o promotor expressa sua preocupação com o aumento da violência, principalmente na região central de Florianópolis, descrevendo a situação como uma “guerra” descontrolada que está se iniciando. O inquérito do Ministério Público visa avaliar a extensão do problema, responsabilizar os envolvidos e buscar soluções eficazes.