Para superar o colapso de vagas e melhorar o atendimento às famílias, a Prefeitura de Florianópolis tem investido em rotinas de melhoria dos 13 cemitérios municipais que somam 137 mil metros quadrados. Com serviços regulares de manutenção e limpeza, estimula a visitação em todos os bairros, e especialmente, ao Cemitério São Francisco de Assis. O maior cemitério de Santa Catarina tem 98 mil metros quadrados, 35 mil jazigos e 75 mil pessoas sepultadas.
No Dia de Finados, os cemitérios municipais vão operar com horário estendido, abrem às 7h e fecham às 19h. A administração do Cemitério São Francisco vai até 17h. A estimativa é que pelo menos 20 mil pessoas passem pelo Cemitério São Francisco, no Itacorubi, neste feriado.
Este ano, aponta o secretário municipal de Limpeza e Manutenção Urbana e presidente da Comcap, João da Luz, houve esforço para manter os cemitérios limpos o ano todo, mesmo assim semana passada ocorreu força-tarefa das 18 intendências para roçar e limpar o São Francisco, no Itacorubi, e o São Cristóvão, em Coqueiros.
“Todos os cemitérios municipais estão preparados para receber as famílias, com água para a lavação dos túmulos, com sanitários disponíveis. Está tudo pronto desde sexta-feira”, afirma João da Luz.
O Cemitério do Itacorubi, num trabalho em parceria com a vigilância sanitária estadual, zerou os focos de mosquito Aedes Aegypti, vertor da dengue e outras doenças. “As pessoas precisam colaborar para manter este status livre do mosquito, fazendo furos nos vasos ou mesmo substituindo-os por velas”, orienta o secretário.
As principais medidas para evitar focos do mosquito em cemitérios são furar vasos ou porta-velas, não utilizar plantas que acumulem água, como bromélias, retirar as embalagens plásticas e de celofane dos arranjos de flores e retirar os pratinhos dos vasos de planta. As medidas evitam o acúmulo e fazem com que a água possa escorrer.
AJUDA NA MANUTENÇÃO
Fora os mutirões das intendências, a Diretoria de Gestão de Óbitos e Cemitérios da Secretaria Municipal de Limpeza e Manutenção Urbana opera o Cemitério São Francisco com três auxiliares operacionais da Comcap e quatro coveiros e com a colaboração de mais de 100 pessoas do Programa de Prestação de Serviço à Comunidade (PSC).
Reeducandos da Central de Penas e Medidas Alternativas (CPMA) contribuem conforme disponibilidade e aptidão e tem sido essenciais para zerar os focos de mosquito e até para digitalizar os registros e livros.
O quase centenário Cemitério São Francisco tem como maior desafio a falta de regularização de documentos. Para isso, tem convidado as famílias a verificar seu título de posse. “Muitas famílias ignoram a necessidade de regularizar o aforamento. Há títulos que foram providenciados pelo avô, por exemplo. Se este já morreu, precisam comparecer e tornar outro membro da família apto a autorizar situação relacionada ao cemitério”, aponta o secretário municipal de Limpeza e Manutenção Urbana e presidente da Comcap, João da Luz.
INVENTÁRIO DOS REGISTROS
Em novembro de 2025, o Cemitério do Itacorubi completa 100 anos. A quase centenária história do cemitério do Itacorubi está registrada em 70 livros que estão em processo de digitalização. Assim como estão sendo inventariados os registros em outros 40 livros referentes aos demais cemitérios municipais.
Hoje são registrados entre 400 e 450 óbitos por mês na capital. Em torno de 100 sepultamentos são encaminhados para fora da cidade, os demais ocorrem no município. “Cemitérios são locais de memória pessoal e cultural, queremos que as pessoas possam visitá-los com segurança em Florianópolis”, comenta João da Luz. A ideia é que o ambiente seja tão bem cuidado que incentive a expressão do luto e a celebração da memória dos falecidos.