No Dia Nacional do Diabetes, celebrado nesta quarta-feira (26), especialistas alertam sobre os riscos cardíacos associados ao diabetes mal controlado. Entre as complicações destacam-se hipertensão, infarto, angina, acidente vascular cerebral (AVC) e aneurismas. O cardiologista Flávio Cure, membro de importantes sociedades de cardiologia, explica que a gestão inadequada da doença pode levar a graves problemas de saúde, incluindo complicações cardíacas que muitas vezes são fatais.
Entendendo o Diabetes
O Diabetes Mellitus é uma síndrome metabólica que ocorre quando o corpo não produz insulina suficiente ou não consegue usá-la de forma eficaz. A insulina é essencial para regular os níveis de açúcar no sangue, e a falta dela resulta em hiperglicemia, que pode passar despercebida em muitos casos, principalmente no início.
Sintomas comuns incluem sede excessiva, aumento na frequência urinária e cansaço crônico. O diabetes tipo 2, que é mais comum em adultos, frequentemente é assintomático nas fases iniciais, o que torna os check-ups regulares indispensáveis para a detecção precoce e o controle eficaz da doença.
A Relação com Problemas Cardiovasculares
A presença do diabetes aumenta significativamente o risco de doenças cardiovasculares. Dados revelam que diabéticos têm o dobro da probabilidade de sofrer infarto ou AVC em comparação com pessoas sem a doença. Esse risco é igualmente alto em homens e mulheres, mas tende a ser mais grave em mulheres, com maior mortalidade.
Estatísticas mostram que cerca de 80% dos pacientes com diabetes tipo 2 morrem devido a complicações cardíacas, superando as mortes causadas por doenças como HIV, tuberculose e câncer de mama.
Como Reduzir os Riscos
Para minimizar os riscos, é fundamental controlar o diabetes através de um conjunto de medidas:
- Controle da glicose: Manter os níveis de açúcar no sangue dentro dos limites recomendados.
- Monitoramento do colesterol: Níveis elevados de colesterol contribuem para o acúmulo de placas nas artérias, aumentando o risco de doenças cardíacas.
- Atividade física: Exercícios regulares ajudam a controlar o peso e melhorar a sensibilidade à insulina.
- Alimentação saudável: Reduzir a ingestão de carboidratos e evitar alimentos ricos em gorduras saturadas.
- Evitar o tabagismo: Fumar agrava os riscos cardiovasculares, além de trazer diversos outros malefícios à saúde.
Prevenção e Detecção Precoce
O cardiologista Flávio Cure recomenda que todos façam check-ups periódicos com um clínico geral, que pode identificar sinais precoces de diabetes. Isso é especialmente importante porque os sintomas iniciais, como aumento da sede e da frequência urinária, são frequentemente ignorados. O diagnóstico precoce permite o início imediato de medidas preventivas e tratamentos que podem impedir o progresso da doença e reduzir significativamente os riscos de complicações graves.
Impacto nos Rins
Além dos problemas cardíacos, o diabetes pode levar a complicações renais severas. O nefrologista Pedro Tulio Rocha destaca que o excesso de glicose no sangue prejudica os rins ao longo do tempo, contribuindo para doenças renais crônicas e, eventualmente, a necessidade de diálise ou transplante. O diabetes é uma das principais causas de insuficiência renal, muitas vezes se agravando com a presença de hipertensão.
Importância do Exercício
Exercícios físicos são fundamentais tanto para prevenir o diabetes quanto para gerenciá-lo. Estudos indicam que atividades de intensidade moderada a vigorosa reduzem a probabilidade de desenvolver diabetes tipo 2, especialmente em pessoas com predisposição genética. A endocrinologista Rosita Fontes recomenda começar com exercícios leves, como caminhadas, e aumentar gradualmente a intensidade. Isso não só ajuda a controlar os níveis de glicose como também melhora a ação da insulina no corpo.
Conclusão
Controlar o diabetes exige um compromisso contínuo com a saúde, envolvendo monitoramento regular, alimentação adequada, exercícios físicos e a eliminação de hábitos prejudiciais, como o tabagismo. Com essas práticas, é possível reduzir significativamente os riscos de complicações graves e melhorar a qualidade de vida dos pacientes. A detecção precoce e o controle eficaz são essenciais para prevenir problemas cardíacos e renais, demonstrando a importância de um acompanhamento médico regular e uma abordagem proativa na gestão do diabetes.
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