Renê Raul Justino, ex-diretor de Projetos da Fundação Franklin Cascaes, foi preso na manhã desta quarta-feira (29) em mais uma fase da Operação Presságio. A prisão de Renê é parte de uma investigação mais ampla que também levou à prisão do ex-secretário de Turismo, Cultura e Esporte de Florianópolis, Ed Pereira, por suspeita de corrupção.
A Operação Presságio, conduzida pela Polícia Civil de Santa Catarina, revelou que Renê Justino estava envolvido em um esquema de corrupção enquanto atuava como diretor de Projetos da Fundação Franklin Cascaes. De acordo com as investigações, Renê e Ed Pereira estavam implicados em um esquema que desviava dinheiro público.
As suspeitas contra Ed Pereira surgiram de gravações encontradas no celular de Renê, indicando que Ed recebia dinheiro público de maneira ilícita. A investigação também revelou movimentações financeiras suspeitas na conta de Samantha Brose, esposa de Ed Pereira. Apesar de uma renda declarada próxima ao salário mínimo, Samantha movimentou R$ 324.745,17 desde 2021, incluindo 55 depósitos em dinheiro vivo que totalizam R$ 90.560,00. Parte desses depósitos coincide com saques realizados pelo advogado Andrey Cavalcante de Carvalho, outro investigado na operação.
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As autoridades acreditam que os recursos depositados na conta de Samantha beneficiavam diretamente Ed Pereira. Transações no valor de R$ 16 mil realizadas por Renê Justino estão sob exame, com suspeitas de que esses valores foram encaminhados a Ed através de Samantha.
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A defesa de Renê Raul Justino argumenta que as provas contra ele foram obtidas de forma ilícita. Segundo o advogado Pedro Queiroz, a apreensão do celular de Renê violou seus direitos constitucionais, pois ele foi interrogado sem o devido esclarecimento de seus direitos, configurando uma prova ilegal. A defesa afirma que as medidas contra Renê estão baseadas na “teoria do fruto da árvore podre”, ou seja, são inválidas por derivarem de provas obtidas de maneira ilegal.
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Queiroz também sugeriu que as ações contra Renê podem estar ligadas a decisões políticas, mencionando uma suposta falta de alinhamento político com o atual governador e questões internas entre o ex-prefeito Gean Loureiro e o atual prefeito Topázio Neto.
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A Operação Presságio, iniciada em 2021, investiga uma série de crimes, incluindo poluição ambiental, fraude à licitação, corrupção passiva e ativa, associação criminosa e lavagem de dinheiro. A investigação começou com um foco em crimes ambientais cometidos pela empresa Amazon Fort e se expandiu para incluir outras ilegalidades em contratos públicos, envolvendo diversos funcionários e empresários de Florianópolis.
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O caso continua a se desenrolar com novos mandados e prisões, enquanto a defesa dos acusados se prepara para contestar as provas e decisões judiciais.
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