A Justiça de Florianópolis recebeu uma denúncia que envolve um esquema de loteamentos ilegais no bairro Rio Vermelho, em uma área de aproximadamente 500 mil metros quadrados. O Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) acusa um corretor de imóveis de liderar um grupo criminoso, formado por sua esposa e dois irmãos, responsável por parcelar e vender cerca de mil lotes de forma clandestina. A venda desses terrenos, sem respeitar as normas ambientais e urbanísticas, resultou em um dos maiores crimes urbanísticos da capital catarinense.
De acordo com as investigações, o corretor e sua família adquiriram áreas sem registro legal e, sem autorização, desmataram partes da Mata Atlântica para criar ruas e construir casas, tudo sem infraestrutura básica como esgoto ou drenagem. Além disso, as construções contavam com ligações elétricas clandestinas. O grupo teria movimentado mais de R$ 21 milhões em contas bancárias entre 2016 e 2021, enriquecendo a partir da venda desses terrenos ilegais.
O Ministério Público aponta que a imobiliária usada pelo corretor servia como fachada para as vendas dos lotes irregulares. A Justiça, ao receber a denúncia, manteve a prisão preventiva do corretor e determinou a interdição da imobiliária. Além disso, foi determinada a suspensão das atividades de corretagem de imóveis para todos os envolvidos.
O caso, descoberto pela Operação Acapulco, envolve uma série de crimes como falsidade ideológica, venda de lotes clandestinos, lavagem de dinheiro e crimes contra o meio ambiente. O grupo é acusado de desrespeitar leis ambientais e urbanísticas, e a Justiça já havia determinado o sequestro de bens e bloqueio de contas bancárias dos acusados. As investigações continuam, com o compartilhamento de informações com a Receita Federal e outras instituições para apurar possíveis fraudes fiscais e outros crimes.
A denúncia traz à tona o impacto que essas práticas têm na cidade, já que os lotes foram vendidos sem qualquer tipo de planejamento urbano ou respeito ao meio ambiente. Agora, os acusados responderão judicialmente pelos crimes cometidos.
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