A Justiça de Florianópolis suspendeu a posse do Ginásio Carlos Alberto Campos, localizado no bairro Canto, que havia sido cedido pela Prefeitura ao Figueirense. A decisão, tomada pelo juiz Jaime Pedro Bunn no dia 19 de julho, veio à tona nesta terça-feira (23) e determina a suspensão temporária da posse até o julgamento final da ação popular.
O processo foi movido por Rafael da Rosa Braga, que alega que a cessão do ginásio lesa o patrimônio público. Ele incluiu como réus o prefeito de Florianópolis, Topázio Neto, o Procurador-Geral do Município, e o Figueirense Futebol Clube. Braga, representado pelo advogado Gregor Goedert de Oliveira, diretor da Torcida Organizada Mancha Azul, do Avaí, questiona os valores envolvidos na transação.
Na decisão, o juiz destacou que o município abriu mão de uma área urbana importante, que inclui um ginásio de esportes, uma praça, um parque para recreação infantil e um estacionamento, todos destinados ao uso público. O juiz argumentou que esses bens são de interesse público e não deveriam ser transferidos para uma entidade privada.
O Figueirense não comentou o caso, mas ainda pode recorrer da decisão.
No dia 12 de junho, o Figueirense havia tomado posse da área do ginásio, totalizando 1960 m² de área construída na Rua Ver. Gercino Costa. Em 2022, o clube firmou um acordo para quitar uma dívida de R$ 1,1 milhão com a prefeitura, valor que foi pago em 2024 pelo fundo Clave, resultando na cessão da posse da área.
Esta suspensão levanta questões importantes sobre a gestão de bens públicos e o equilíbrio entre interesses privados e comunitários. A decisão final da Justiça será crucial para definir o futuro do Ginásio Carlos Alberto Campos e seu papel na comunidade de Florianópolis.
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