A Polícia Civil de Florianópolis concluiu a investigação sobre o incêndio de um caminhão de lixo da empresa terceirizada FG Soluções Ambientais, ocorrido em 12 de março deste ano, em Jurerê Internacional. Quatro pessoas foram indiciadas pelo crime, e três delas estão ligadas ao Sintrasem, o Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal de Florianópolis.
O incêndio aconteceu no mesmo dia em que o Sintrasem iniciou uma greve contra as terceirizações promovidas pela Prefeitura de Florianópolis. As investigações revelaram que o carro que seguiu o caminhão incendiado estava alugado em nome de uma das diretoras do sindicato, o que reforçou a suspeita de envolvimento de seus membros no crime.
Segundo o delegado responsável pela investigação, Verdi Furlanetto, a polícia montou um “quebra-cabeças” para chegar aos responsáveis. Foram utilizadas diversas técnicas de investigação, como interceptações telefônicas, geolocalização de dispositivos móveis e análise de vídeos que captaram a ação criminosa.
Entre os indiciados, estão: um suspeito que fez o mapeamento da área e registrou o incêndio em vídeo, compartilhando as imagens em um grupo do sindicato; uma pessoa que cedeu um carro alugado pelo sindicato para ser utilizado no crime; um terceiro envolvido, identificado como um dos autores do incêndio, mas que nega participação; e uma quarta pessoa que devolveu o carro locado à locadora após o crime. Um quinto suspeito, que teria ameaçado as vítimas e ajudado a atear fogo no caminhão, ainda não foi identificado.
O Sintrasem negou qualquer envolvimento no caso e se defendeu, afirmando que a investigação não apresenta provas concretas, classificando as acusações como infundadas e prometendo desmontá-las no decorrer do processo. O sindicato também alegou ter colaborado com as autoridades desde o início, entregando registros de câmeras e aparelhos celulares.
O incêndio causou um prejuízo de R$ 750 mil à empresa FG Soluções Ambientais. O caminhão foi incendiado por dois homens encapuzados e armados que utilizaram cerca de 25 litros de gasolina para atear fogo no veículo, depois de expulsar a equipe que operava o caminhão.
A polícia segue investigando o caso para identificar todos os responsáveis e apurar as motivações do crime, enquanto o sindicato aguarda a oportunidade de se defender formalmente.
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