A Polícia Civil realizou uma importante operação em Florianópolis nesta quinta-feira, 20 de junho, que resultou na prisão de um suspeito de participar de um esquema de “falso sequestro”. O indivíduo é acusado de fazer parte de uma quadrilha que realiza extorsões, fingindo sequestros de familiares das vítimas. Este golpe tem sido orquestrado por criminosos que já estão presos.
Como Funciona o Esquema do “Falso Sequestro”
O golpe do “falso sequestro” consiste em ligar para uma pessoa e afirmar que um parente dela foi sequestrado. Os golpistas, então, exigem dinheiro em troca da suposta libertação do sequestrado. No entanto, o sequestro nunca ocorre de fato. O objetivo é apenas extorquir dinheiro das vítimas, aproveitando o medo e o desespero gerados pela situação.
Detalhes da Operação e Prisões
A operação, conhecida como “Operação Rael”, foi coordenada pela Polícia Civil do Distrito Federal, com o apoio das polícias de Santa Catarina e do Rio de Janeiro. Durante a ação, foram cumpridos mandados de busca e apreensão em Florianópolis, resultando na prisão de um suspeito.
Até o momento, dez integrantes da quadrilha foram identificados e detidos. Eles enfrentam acusações de extorsão, formação de organização criminosa e lavagem de dinheiro, crimes que podem resultar em penas de até 31 anos de prisão.
O Drama das Vítimas
Um caso que chamou a atenção das autoridades envolveu um idoso do Distrito Federal, que foi mantido em uma ligação telefônica de 20 horas. Durante todo esse tempo, o criminoso o ameaçava, afirmando que seu filho havia sido sequestrado e só seria liberado mediante pagamento. O idoso, aterrorizado, seguiu as instruções dos golpistas, sem saber que o sequestro era falso e que seu filho estava seguro.
Estratégias Sofisticadas dos Criminosos
A quadrilha demonstra um alto grau de sofisticação. Três líderes do grupo, com conhecimentos avançados em informática, utilizavam ferramentas tecnológicas para ocultar suas atividades online. Eles adquiriam dados de possíveis vítimas em sites específicos e repassavam essas informações para outros membros da quadrilha.
Atuação em Vários Estados
As ligações para as vítimas eram feitas de dentro de presídios no Rio de Janeiro. Após convencerem a vítima, os criminosos acionavam “entregadores” em diversos estados, incluindo São Paulo, Paraná, Minas Gerais, Goiás, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Rio de Janeiro, Mato Grosso, Acre, Mato Grosso do Sul, Ceará, Bahia, Pernambuco, Espírito Santo e Distrito Federal.
Esses “entregadores” eram responsáveis por coletar cartões bancários e objetos de valor que as vítimas deixavam em pontos combinados. Esses itens eram então enviados para uma agência dos Correios em Niterói, no Rio de Janeiro, onde os líderes da quadrilha os recolhiam.
Líderes do Esquema
O principal líder da quadrilha está preso desde 2007 em um presídio carioca. Mesmo encarcerado, ele continuou coordenando as extorsões, refinando suas técnicas e ampliando a atuação do grupo para diversos estados brasileiros.
Conclusão
A prisão do suspeito em Florianópolis representa um passo significativo no combate a este tipo de crime. A operação demonstra o empenho das autoridades em proteger a população contra golpes que exploram o medo e a vulnerabilidade das vítimas. A investigação continua, com o objetivo de desmantelar completamente a quadrilha e garantir que todos os envolvidos sejam responsabilizados por suas ações.
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