O Tribunal do Júri da comarca da Capital, em Florianópolis, proferiu uma sentença impactante nessa terça-feira, 26 de setembro, condenando um homem a 14 anos de reclusão em regime fechado por homicídio qualificado.
O crime chocante envolveu asfixia, meio cruel e um motivo fútil, abalando a comunidade local.
Segundo a denúncia do Ministério Público, o acusado teria assassinado um conhecido na região norte da Ilha de Florianópolis. O motivo do crime teria sido uma insinuação por parte da vítima de que ele pretendia cometer atos sexuais com a filha do réu.
O crime ocorreu em janeiro de 2022, na rodovia Rafael da Rocha Pires, no bairro Sambaqui. Na ocasião, tanto o acusado quanto a vítima estavam sob a influência de álcool e drogas. Após a provocação feita pela vítima sobre suas intenções com a filha do réu, o acusado agrediu a vítima, deixando-a inconsciente com um soco. De forma ainda mais brutal, ele utilizou um tijolo para golpear a cabeça da vítima, seguido de quatro facadas até que a lâmina quebrou. Finalmente, arrastou o corpo da vítima até o mar.
O laudo médico indicou que a causa da morte foi asfixia associada a hemorragia causada por ferimentos de arma branca.
O juiz Mônani Menine Pereira, que presidiu a sessão do Tribunal do Júri, negou ao apenado o direito de recorrer em liberdade, alegando que a conduta criminosa anterior do acusado, que incluiu um caso de furto, demonstrava um risco à aplicação da lei penal.
Segundo informações do processo, em setembro de 2019, o acusado tentou furtar uma loja no Centro de Palhoça, arremessando uma lajota contra a vidraça. Ele foi preso em flagrante por policiais militares nas proximidades da loja e, em dezembro de 2019, foi condenado a cinco meses e 10 dias de reclusão em regime aberto por esse incidente anterior.