Após uma vistoria realizada pelo Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), o Estado de Santa Catarina promete finalmente intervir nas pontes de Florianópolis. As estruturas das pontes Colombo Salles e Pedro Ivo, que conectam a ilha ao continente, necessitam urgentemente de reparos. Apesar de promessas de manutenção feitas pela Secretaria de Estado da Infraestrutura há quase um ano, até agora, nenhuma ação concreta havia sido realizada.
No entanto, recentemente houve um avanço. O Grupo Gestor do Governo aprovou a contratação de serviços para a retirada das placas de concreto remanescentes das estruturas. Esse contrato deve ser firmado nos próximos dias. Além disso, o grupo analisará, na próxima semana, o processo para a recuperação dos blocos de sustentação das pontes.
Para a ponte Hercílio Luz, a situação parece um pouco melhor. A Secretaria de Infraestrutura informou que existe um contrato de manutenção contínua com a Técnica de Engenharia Catarinense (TEC). Embora recentes desgastes na estrutura tenham sido denunciados, a pasta garante que esses problemas são causados por fatores naturais como maresia e chuva e que não comprometem a segurança da ponte. Os reparos são realizados conforme necessário.
O promotor de Justiça Daniel Paladino está à frente de um inquérito civil que investiga a situação das pontes Colombo Salles e Pedro Ivo. A Hercílio Luz também está incluída no inquérito, principalmente devido a problemas anteriores com furtos de fiação. Diante das recentes denúncias de ferrugem, Paladino ampliou o escopo da investigação para incluir a manutenção dessa ponte. Ele planeja realizar um levantamento fotográfico dos pontos de ferrugem na Hercílio Luz na próxima semana, o que servirá como base para uma nova vistoria.
Paladino enviará um ofício à Secretaria de Infraestrutura para obter informações sobre a empresa responsável pela manutenção da Hercílio Luz e solicitar relatórios detalhados dos trabalhos realizados. Ele está desapontado com a demora na realização dos reparos nas pontes Colombo Salles e Pedro Ivo. Até o momento, o canteiro de obras não foi instalado e as placas de concreto ainda permanecem no local.
Dependendo dos resultados da vistoria, Paladino decidirá se será necessário entrar com uma ação judicial ou estabelecer um termo de ajustamento de conduta com prazos adicionais para a execução das obras. Ele acredita que, devido aos riscos que as pontes estão correndo, seria justificável até mesmo uma dispensa de licitação, mas até agora, não houve nenhuma resposta satisfatória por parte das autoridades.
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