Uma estudante da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) está entre os coautores de uma descoberta científica que pode revolucionar os tratamentos para obesidade. Milena dos Santos Almeida, estudante de Farmácia, participou de um estudo inovador sobre regiões do cérebro responsáveis pela saciedade e aversão alimentar, publicado na revista internacional Nature. O foco da pesquisa foi entender como esses circuitos cerebrais atuam de forma separada, permitindo que, no futuro, seja possível desenvolver medicamentos que ajudem na perda de peso sem causar efeitos colaterais, como náuseas e vômitos, comuns em tratamentos atuais.
A pesquisa utilizou camundongos para estudar a ação do hormônio GLP1, já utilizado em medicamentos como Ozempic e Wegovy. O estudo revelou que diferentes áreas do cérebro influenciam de forma distinta a sensação de saciedade e os efeitos colaterais. Isso significa que futuros medicamentos poderiam agir especificamente na região que controla o apetite, sem desencadear os incômodos efeitos adversos.
Essa descoberta, desenvolvida no Laboratório Alhadeff, nos Estados Unidos, é um passo importante no combate à obesidade, uma doença que, segundo estimativas, pode atingir quase metade da população brasileira até 2044. Para Milena, essa oportunidade foi resultado de sua experiência no Laboratório de Investigação de Doenças Crônicas da UFSC, onde se aprofundou no estudo de questões relacionadas ao metabolismo e à obesidade.
Além de ampliar o conhecimento sobre como o cérebro controla a alimentação, a pesquisa abre caminho para a criação de tratamentos mais eficazes e seguros contra a obesidade, que é hoje considerada uma pandemia global.
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