Usuários do transporte público na Grande Florianópolis finalmente viram uma luz no fim do túnel nesta sexta-feira (26) com o desbloqueio do Cartão Estudante. O benefício, que ficou inacessível a partir de 20 de janeiro, resultou em uma onda de queixas por parte dos alunos, levando à intervenção da Defensoria Pública.
As empresas de transporte público envolvidas incluem Biguaçu, Jotur, Santa Terezinha, Imperatriz e Estrela, pertencentes ao consórcio Metropolis. Após dias de frustração, os estudantes puderam finalmente utilizar o serviço com o tão aguardado desbloqueio.
A Defensoria Pública, através do Nudeconci (Núcleo Especializado de Defesa do Consumidor e Apoio Cível), recebeu diversas reclamações de estudantes, motivando um ofício encaminhado à SIE (Secretaria de Estado da Infraestrutura e Mobilidade) e à Aresc (Agência Reguladora de Serviços Públicos de Santa Catarina). O documento buscava esclarecimentos sobre os motivos do bloqueio e as medidas adotadas pelo consórcio Metropolis, questionando também a fiscalização dos órgãos competentes.
A coordenadora do núcleo, Michele do Carmo Lamaison, ressaltou a importância da meia-tarifa, garantida por lei, e enfatizou que o desbloqueio foi estendido a todos os estudantes.
O desbloqueio do Cartão Estudante foi oficializado em uma reunião na tarde desta sexta-feira, com a presença de representantes do Governo do Estado e do setor de transporte. Até o momento, a assessoria do Metropolis não emitiu uma nota formal para explicar os motivos do bloqueio.
Paralelamente, as dificuldades enfrentadas pelos estudantes chamaram a atenção da deputada Carla Ayres, que protocolou uma manifestação junto ao Ministério Público em 23 de janeiro, após receber diversas reclamações nas redes sociais. Um inquérito foi instaurado para investigar a suspensão do Cartão Estudante, considerando não apenas os dias letivos, mas também a necessidade de deslocamento durante o período de férias para atividades como estágios.